quinta-feira, 22 de maio de 2008

Delasnieve Daspet (Discurso Oficial do 1o Congresso Mundial de Poetas Del Mundo)

Discurso de Abertura Oficial do 1º Congresso Mundial de Poetas del Mundo, pronunciado pela Embaixadora no Brasil do Movimento Poetas del Mundo, Sra. Delasnieve Daspet, representando o Secretário Geral do Movimento Poetas del Mundo, Sr. Arias Manzo, no ato de seu lançamento em 02.10.2007, às 19hs no Palácio da Cultura/Pinacoteca em Natal, Rio Grande do Norte.

Aos poetas que participam da organização do Primeiro Congresso do nosso Movimento "Poetas del Mundo".

Aos poetas de todo o Brasil que se uniram a este esforço e que acreditaram nesta utopia que consiste em pôr poesia nos problemas que agoniam a humanidade.

Aos Poetas del Mundo
Desde Chile, o país de Gabriela Mistral e Pablo Neruda, dois Prêmios Nobel de Literatura, quero saudar a todos os poetas que trabalham na organização do nosso primeiro congresso que se realizará na cidade de Natal, Brasil. Quero saudar-lhes através da nossa Sub-Secretária Geral e Embaixadora Delasnieve Daspet, que tem trabalhado lado a lado comigo desde o início deste magno projeto, e que tem a difícil missão de fazer deste evento histórico um êxito sem precedentes na história da humanidade. Envio esta mensagem por ocasião do lançamento deste evento, acontecimento do qual quis participar pessoalmente, mas por dificuldades que não vem ao caso explicar agora, não pude estar com vocês, porém sei que os responsáveis de Natal e do Brasil saberão representar e expressar nossos ideais e princípios.

O poeta é um ser especial; tem o dom de fazer da palavra algo belo que transcende o sentido simples quando esta está desnuda, o poeta a veste de uma maneira que a faz forte, espetacular, bela. Para os tempos que vivemos é necessário que o homem consiga entender-se através do diálogo, porém o ruído dos canhões impede que nos escutemos, então se necessita imperiosamente que a voz ultrapasse o retumbar das armas, e o poeta sabe disso. Vivemos atualmente o processo de morte de uma etapa degenerada e o nascimento de uma NOVA ERA em que o poeta tem uma lista determinante de coisas em que intervir. O poeta não pode ficar atrás, o poeta deve ir na primeira fila, se não o faz, é que não é um verdadeiro poeta, em todo caso, não é um verdadeiro poeta del mundo.

Como algo concreto neste combate pela vida, me fixei na árdua tarefa de unir os poetas de todo o mundo que abraçam os ideais de liberdade e criei O Movimento Poetas del Mundo e fixei um ambicioso objetivo: converter a palavra em uma força real capaz de influir nos destinos do mundo e no equilíbrio do planeta. Logo, quando nossa voz ressoe nos frios palácios do Poder e chegue também ao bairro que o poeta não pode deixar de visitar, devemos ser capazes de propor uma via que nos retire do estado de decadência que vive nossa sociedade.

Nesta tarefa futurista o sujeito social é o poeta, e este poeta guerreiro deve nutrir-se da realidade social, mesclar-se nela e ser capaz de abandonar o Ego. Qualquer lugar onde se desenvolva a atuação do escritor, é uma trincheira de combate, porque por todas partes há decadência. Os políticos fracassaram; nos arrastaram a situação apocalíptica em que nos encontramos, hoje é necessária uma troca profunda na estruturação da organização do mundo, em outras palavras, creio que estamos vivendo nos limites do aceitável e muito perto do início de uma revolução planetária, é aí onde o escritor pós-moderno tem uma lista determinante de coisas em que intervir.

É certo que a guerra não é algo novo que nos surpreenda, a guerra tem existido sempre; desde a noite dos tempos em que o homem tomou consciência de sua existência viemos nos combatendo uns com os outros, o problema é que hoje a ambição do homem está provida de armas capazes de fazer desaparecer a vida no planeta em poucas horas. O que estamos vendo no Oriente Médio é uma etapa de um nefasto projeto muito ambicioso do Império, que consiste em apoderar-se dos recursos naturais que possui essa região, hoje se trata do petróleo, amanhã será a água doce.

Então, os poetas devemos usar nossa melhor arma para combater o horror, a ignorância ou a inconsciência dos homens, essa arma é o poema, essa maneira curta de expressar algo grande, essa forma de dizer em breve algo que envolve um sentimento enorme ao interior mesmo das entranhas da alma. O poema é a linguagem misteriosa que brota inexplicavelmente desde a fonte que nutre a vida sentimental do ser, isso que chamamos inspiração. É uma forma de comunicação entre o eu terrestre e a voz misteriosa que sussurra no interior de cada um. O poema pode ser tão potente, que se o usamos bem, o podemos converter em uma arma poderosíssima para combater os sentimentos cinzentos destes loucos que nos governam. Para lá se encaminha meu ambicioso projeto: Criar um exército de poetas guerreiros cuja arma seja a palavra que se expande pelo mundo como uma torrente de resistência para o que mata a vida e a felicidade.

Estou consciente do perigo que implica este projeto; não faz muito, faz algo assim como dois mil anos, eram os tempos do Império romano, um homem jovem entrou em Jerusalém falando de amor e de paz, sua arma era a palavra, todos sabemos como terminou sua aventura. Não me estranharia que em algum tempo mais, nos acusem de terroristas intelectuais, e nos persigam por todas as partes, mas ainda assim vale a pena dar esta batalha pela vida e a paz.

Luis Arias Manzo
Fundador e Secretário Geral do Movimento Poetas del Mundo
Tradução: Nadir Silveira Dias, Poeta del Mundo em Porto Alegre e Cônsul Estado do Rio Grande do Sul, com o estrito cuidado de preservar o exato pensamento e a construção lingüística do autor, no idioma original.
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Fontes:

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