quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Jakob Wassermann (1873 - 1934)


Nasceu em Fürth, cidade industrial próxima de Nuremberg, Alemanha, a 10 de março e 1873, e morreu em Alt-Aussee, Áustria, a 1 ° de janeiro de 1934. Filho de modesto comerciante judeu, abandonou cedo a vida comercial imposta pelos pais para participar ativamente da vida alegre e despreocupada de Munique. Sua juventude foi desordenada e aventureira, solitária e difícil. Seus primeiros artigos, contos e novelas foram publicados num semanário ilustrado de Mônaco, Simplicissimus, de orientação polêmica e satírica.


A democracia era para Wassermann a única forma digna da vida humana. Imbuído de cultura alemã, mas consciente de suas origens judaicas, sofreu muito pelo anti-semitismo dos alemães. Com o nazismo, provou o amargor do exílio, sendo igualmente destituído de sua cadeira na Academia Prussiana de Letras. Seu primeiro romance publicado, Os Judeus de Zirndorf (Die Juden von Zirndorf, 1897), trata de um episódio da história dos judeus alemães no século XVII. A preocupação com as tradições judaicas e seu enraizamento na cultura alemã também caracterizaram o conteúdo de seu segundo romance, História da Jovem Renata Fuchs (Geschichte der jungen Renate Fuchs), publicado em 1900.

Com Kaspar Hauser ou A Preguiça do Coração (Kaspar Hauser oder die Trägheit des Herzens, 1903) e O Homenzinho com os Gansos (Das Gänsemännchen, 1915), Wassermann inaugurou a segunda fase de sua carreira, centrada nos problemas morais e na relatividade da justiça pública. Mas foi Christian Wahnschaffe (1918) - romance de inspiração dostoievskiana sobre a luta de um idealista puro contra a corrupção do meio ambiente - que projetou definitivamente seu nome nos centros intelectuais do mundo. Seguiram-se Ulrike Woytich (1923), Faber ou os Anos Perdidos (Faber oder die Ver orenen Jahre, 1924), Laudin e os Seus (Laudin und die Seinen, 1925) e sua indiscutível obra-prima, O Processo Maurizius (Der Fall Maurizius, 1928), história de um erro judiciário e do empenho de um jovem para libertar o homem que seu próprio pai condenara. O romance constitui um soberbo retrato da época da república de Weimar e, segundo Otto Maria Carpeaux, "obra inspirada por um alto senso de justiça fundamentado em seguro conhecimento da causa e dos motivos psicológicos". Jakob Wassermann escreveu ainda: Etzel Andergast (1931), seqüência de O Processo Maurizius, alguns contos notáveis, reunidos no volume O Espelho de Ouro (Der Goldene Spiegel, 1911) e uma autobiografia (Meu Caminho como Judeu e Alemão).

Fontes:
Wassermann, Jakob. O processo Maurizius. Tradução de Octavio de Faria e Adonias Filho. São Paulo: Abril SA, 1982.
http://paginas.terra.com.br/arte/ecandido/jakob2.htm
Foto =
http://www.britannica.com

Nenhum comentário: