segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Regina Lyra (Dormir sonhando ou sonhando acordado?)

Dreams = John Anster Fitzgerald (1823 - 1906))
As horas agradáveis, os momentos de carinho, os dias intensos de companheirismo estarão guardados para sempre nas lembranças. Espera-se ficar junto, mas depressa do que se possa imaginar. Se for para felicidade, alento do espírito, alimento do corpo e da alma.

Com o carinho de quem passou por várias fases, e viu a face da tranqüilidade, do amor, da ternura, estampada na própria face. Em pequenos detalhes, às vezes insignificantes, para os olhos de outrem, e de uma profundidade imensa aos olhos amados.

Nada aconteceu de diferente do sonho, idealizado, tudo foi perfeito! Espera-se que assim também sinta...

O ato de dormir junto tem um efeito maior do que se pode imaginar. É a entrega dos silêncios, é a entrega do sono. É o tomar conta um do outro, num momento de total entrega... Dormir... Pensar nos momentos passados juntos, isto já basta!
Estão integrados os corpos! Um está no outro e sente-se estar complementando os desejos. No jogo das palavras, que o sentimento seja entendido, e profundamente sentido!

Além de tantas coisas, que têm pouca duração, mas intensidade inigualável. Possa dizer que o carinho e a força do querer, é infinitamente maior do que qualquer palavra... E as palavras são meros transmissores de sentimentos e de frustrações. A não ser que digam aquilo que se deseja ouvir. Mas como saber o que o outro quer ouvir? A não ser quando a frase é objetiva: Eu te amo!

Este encontro fez ver o outro mais palpável, deixou de ser um sonho e tornou-se uma agradável realidade. Tão agradável que o coração dispara só em pensar no que os namorados, amantes e amados, passam... Mesmo quando o silêncio é a maior das palavras. Mesmo quando o sono faz os corpos se tocarem. Mesmo quando assustamos com um sofrimento passageiro, ou uma dor intensa. Na verdade, as palavras fogem como se já não pudesse dizer, escrever, apenas sentir...

Não fora a possibilidade de conhecer o novo, quantos amores se perderiam nas sombras dos degraus, imitando uma pueril escada?

Por isto o encantamento com a poesia. Poetas cantam e reinventam a poesia, sem o alarde de ser dono, sem a obstinação de ser perfeito... Apenas com a vontade permanente de escrever poesias, de estilos, formas e alegria. Dores, tristezas e nostalgia. Assim é a poesia. Para que fazê-la cruel? Se, é ela, apenas ela, que encanta e alucina, seus leitores e fãs...

Fontes:
http://www.reginalyra.net/indexsala.htm
Pintura = http://libertinando.blogspot.com/

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