segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Regina Lyra (Poemas)


TENHO NOS OLHOS

Tenho nos olhos,
gravados na retina
mágoas,
passadas!

Levantada a cortina,
vi alegrias,
da infância!

Fechados olhos
percebi a felicidade...

Detonei as tristezas,
mágoas...
Tenho nos olhos
luminosidade,
presente!
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QUANDO A PORTA ABRIU

Quando a porta abriu,
pensei na mudança
que entraria...
Móveis, livros, discos,
velhas lembranças!

Os amores se foram,
velhos amigos também.
Vieram outros,
ocuparam espaços,
v
ã
o
s...

O desamor surgiu,
se foi.
Sem despedidas
saiu pela porta aberta,
aproveitou
a fresta,
fenda partida
s
u
m
i
u!
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NAS ÁGUAS TURVAS

Nas águas turvas da mente,
esqueceu de nadar,
buscou crianças,
que ensinasse a brincar!

No embarque do futuro
viu pássaros a voar!
Esses pássaros
eram folguedos,
crianças,
no quintal!

Nas águas turvas da mente,
lembrança se desfez,
saudade constante,
primeira vez!

Tornou-se presente,
nas águas turvas da mente,
amantes do coração...
Chorou-se em vão,
de
s
a
u
d
a
d
e...
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CIDADE DO INTERIOR

Cidade linda...
montanhas, arestas...
Festas, infindas!

Não posso entender
se acaso gostes,
brisa do mar,
montanha do interior...

A floresta que me faz amar...
Cidade que encanta,
macio levanta...
O ar e o mar...

Neste querer absurdo,
se amante ou se mudo,
mas fácil de encontrar...

Aguardo na minha mão...
teu
o
l
h
a
r...

Nesta cidade que ama,
alucina, reclama...

- Carinhos de
menina...
- Desejos de
mulher...
Esta cidade,
me quer...
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O MAR DOS TEUS OLHOS...

Revi no teu olhar silencioso,
um ar desiludido...
Entendi tuas palavras em silêncio,
escorreguei na fragrância do meu sorriso...

Meus olhos procuraram os teus olhos...
Tamanha alegria
estampada na face...

Apenas para alegrar-te,
afoguei no mar dos teus olhos,
todo meu olhar...
Libertei a solidão do teu olhar...
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HORAS PERDIDAS

Aquele dia...
onde a vida pregara peças trágicas
pela sua natureza sensível...

Tornaram todos
silentes de palavras,
próprias tristezas
devastadas...

Partiram-se elos,
perderam-se laços
foram encontrados,
espaços vazios...

Nem tudo causaria melancolia...
Por isto não vejo a hora da partida!
Como também do regresso disposto,
Amor sem desgosto.

Corações em chama,
- buscam sintonia do olhar...
Permitam a entrada do amor...
Não precisa de ingresso,
valores
- desatualizados...
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