sábado, 10 de janeiro de 2009

Antonio Tomás Botto (1897 - 1959)



António Tomás Botto nasceu em Concavada (Abrantes) em 1897, e veio viver mais tarde para Alfama, em Lisboa.

Estreou se na literatura com as coletâneas poéticas "Trovas" (1917), "Cantigas de Saudade" (1918) e "Cantares" (1919), celebrizando-se com a publicação de "Canções" (1921), que Fernando Pessoa traduziria para o inglês em 1930. A segunda edição desta obra, datada de 1922, foi apreendida, tornando-o um poeta maldito. Em 1930 surgiu uma terceira edição que englobava os livros de poemas "Motivos de Beleza" (1923), "Curiosidades Estéticas" (1924), "Pequenas Esculturas" (1925), "Olímpiadas" (1927) e "Dandismo" (1928) aos quais, dez anos depois, numa quinta edição, seriam acrescentados "Ciúme" (1934), "Baionetas da Morte" (1936), "A Vida Que Te Dei" (1938) e "Os Sonetos" (1938), livros entretanto publicados. As obras poéticas "O Livro do Povo" (1944) e "Fátima — Poema do Mundo" (1955) permaneceram excluídas de todas estas edições.

A sua poesia caracteriza se por algum decadentismo, associado à tendência modernista da vivência do quotidiano, pelo sentido do ritmo e pela limpidez do estilo. Alguns dos seus melhores momentos poéticos estão nas descrições do quotidiano cinzento do bairro de Alfama ou na celebração da beleza masculina.

Fernando Pessoa, de quem foi amigo, Gaspar Simões e José Régio escreveram, ao longo dos anos 20 e 30, vários artigos sobre a sua poesia.

Para além da poesia, António Botto dedicou se também à ficção e do qual se destacam as obras "Antônio" (1933), "Isto Sucedeu Assim" (1940), "Os Contos de Antônio Botto" (histórias para crianças, de 1942) e "Ele Que Diga se Eu Minto" (1945). Escreveu ainda a peça de teatro, em três atos, "Alfama" (1933), e colaborou com Fernando Pessoa numa "Antologia de Poemas Portugueses Modernos".

António Botto faleceu em 1959.

Fonte:
http://www.truca.pt

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