sábado, 7 de fevereiro de 2009

Antonio Roberto de Paula (Ary, o poeta que amou Maringá)

Maringá - 1952 - Quadro de Edgar Werner Osterroht de 1952
(quando a cidade tinha 5 anos) mostra os prédios do
escritório da Companhia Melhoramentos e o
Hotel Esplanada, na esquina da Duque de Caxias
com a então rua Bandeirantes (hoje, Joubert de Carvalho).
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Quem te avista nos dias de agora talvez não saiba quantos lutaram para que tu chegasses à condição de terceira cidade paranaense. O que seria de ti se não existissem homens que empunhassem a caneta para contar tua história?

Ary de Lima, por amor e com competência, fez a maior declaração que um morador poderia fazer a ti. Com o coração repleto de júbilo e agradecimento, o poeta Ary de Lima gravou ainda mais seu nome à Cidade Canção, escrevendo o hino da menina Maria do Ingá. Outro brilhante professor, Aniceto Matti, se encarregou de colocar melodia àquela declaração de amor e gratidão e a parceria redundou num canto emocionado que vai atravessando gerações.

O eclético Ary, falecido em abril de 98, deixou uma vasta folha de serviços prestados a Maringá. Uma folha escrita com emoção. Professor, vereador, deputado, radialista. E, acima de tudo, poeta. Os feitos desse maringaense nascido na cidade mineira de São Sebastião do Paraíso, que grande contribuição deu ao progresso da Cidade Canção, jamais serão esquecidos porque sempre haverá numa escola uma criança cantando o Hino a Maringá. Em qualquer solenidade que a linda flor, a mais gentil do norte do Paraná for homenageada, lá estará a eterna lembrança do poeta Ary de Lima.

Há em ti o perfume das flores, a poesia de todos os ninhos, e uma luz que acende fulgores, clareando teus novos caminhos. Maringá, o teu nome sublime será porque tiveste a graça de receber, em teu seio, figuras como Ary de Lima, que fez da vida uma poesia sem deixar de atender sua gente. Ary fez poesia, ensinou e legislou. A tripla colaboração que o tornou uma grande eminência maringaense.

E para homenagear Ary de Lima, o melhor é buscar definições na sua poesia a Maringá: o teu vulto traduz a mensagem de um passado coberto de glória, um passado que exemplo nos dá. Ary pode ser saudade, mas não é passado. Poeta nunca morre. Está sempre compondo novas estrofes, aqui ou em qualquer outro lugar.
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Hino de Maringá
(Letra - Ary de Lima/ Música - Anicetto Matti)

I
Quem te avista, nos dias de agora,
Acenando ao porvir da esperança,
Adivinha a floresta de outrora
Que embalou tua vida criança
- Há em ti a grandeza imponente
De um passado que exemplos nos dá:
-Se és glória da Pátria contente,
És orgulho do teu Paraná.

ESTRIBILHO
Linda flor, a mais gentil,
Do norte do Paraná,
És orgulho do Brasil,
Nossa amada Maringá (BIS)

II
O teu vulto traduz a mensagem
De um passado coberto de glória,
Arrancado à floresta selvagem
Para eterno viver na história.
Um poema de luz para o mundo
O teu nome sublime será,
E de nosso afeto profundo
Sempre filha serás Maringá.

ESTRIBILHO
Linda flor, a mais gentil,
Do norte do Paraná,
És orgulho do Brasil,
Nossa amada Maringá (BIS)

III
Teu encanto de hoje é retrato
Das belezas que Deus espalhou
Como bênçãos do céu sobre o mato
Que a tua grandeza enfeitou.
Há em ti o perfume das flores,
A poesia de todos os ninhos,
E uma luz que acende fulgores,

Clareando teus novos caminhos.
ESTRIBILHO
Linda flor, a mais gentil,
Do norte do Paraná,
És orgulho do Brasil,
Nossa amada Maringá (BIS)
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