domingo, 5 de julho de 2009

Lupe Cotrim Garaude (16 Março 1933 — 18 Fevereiro 1970)


Maria José Lupe Cotrim Garaude Gianotti (Lupe é uma palavra formada pela junção das primeiras sílabas dos nomes de seus pais — Lourdes e Pedro) nasceu em São Paulo (SP), em 16 de março de 1933.

Filha de Maria de Lourdes Lins Cotrim e de Pedro Garaude, médico.

Vive por alguns anos em Araçatuba (SP), onde seu pai clinica, e ainda menina transfere-se com a mãe para o Rio de Janeiro, onde estuda no colégio Bennett.

Volta mais tarde a residir em São Paulo para estar mais próxima do pai e integra-se no meio literário paulista. Conclui os estudos secundários no Colégio Des Oiseaux. Forma-se nos cursos de Cultura Geral e de Biblioteconomia no Sedes Sapientiae e estuda línguas e canto lírico em São Paulo

Lança o primeiro livro de poemas, Monólogos do afeto, em 1956, e a seguir Raiz Comum (1959) e Entre a flor e o tempo (1961). Em 1961, faz um programa de TV, que a projeta publicamente.

Inicia em 1963 o curso de Filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, onde conhece José Arthur Gianotti, com que viria a se casar. Neste ano publica o quarto livro de poesias, o bestiário Cânticos da terra. Sua quinta coletânea de poemas, O poeta e o mundo, aparece em 1964.

Em 1965 viaja com seu marido, o filósofo José Arthur Giannotti, a Santiago do Chile, onde conhece Pablo Neruda. No ano seguinte forma-se em Filosofia. Em 1967 publica o sexto livro de poesia, Inventos, e passa a integrar o corpo de professores colaboradores da recém-fundada Escola de Comunicações Culturais da USP (hoje ECA), onde leciona Pensamento Filosófico e Estética.

Seu sétimo livro, Poemas ao outro, ainda inédito, recebe por unanimidade o prêmio Governador do Estado em outubro de 1969, ao qual concorriam vários dos mais relevantes poetas brasileiros da época.

Em fevereiro de 1970 escreve um de seus mais graves poemas, “Aceitação à velhice” (ou “A morte é hoje”).

Faleceu prematuramente, em Campos do Jordão (SP), em 18 de fevereiro de 1970.

Domingos Carvalho da Silva citava-a sempre por sua beleza e pela formalidade e clareza de seus poemas.

Teve dois filhos: Lupe Maria Ribeiro Lima e Marco Garaude Giannotti.

Bibliografia: Raiz Comum (1955); Monólogos do Afeto (1956); Entre a Flor e o Tempo (1961); Cântico da terra (1963); O poeta e o Mundo (1964); Inventos (1968); Poemas ao outro (1970); Encontro (1984), antologia pela Ed. Braziliense.

Fontes:
Instituto de Estudos Brasileiros da USP
Antonio Miranda

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