quarta-feira, 17 de março de 2010

Helena Límia (No Limiar da Poesia)



O que deseja o poeta?

Viver de poesia ou viver a poesia?

A página da poesia está tão imensa que dá voltas e voltas no mundo e o que resta ao poeta de hoje?.

Qual a motivação do poeta além da expressão do seu ser com plenitude? o papel do poeta na sociedade sempre foi ambíguo assim como o papel da arte em si; porém "ser poeta" sempre foi um caso a ser discutido. A palavra é uma forma absoluta de expressão, um meio que justifica um fim fora da sua atuação poética por isso um ato além do ato de escrever versos.

Nesse sentido, cabe ao poeta dialogar com o mundo ou apenas consigo mesmo o que também é justo em todos os aspectos, mas é isso queremos realmente? Fechar-nos numa porta "de" dentro da poética? Trancafiar-nos num "conhecimento" específico que na prática sem prática é tão banal quanto qualquer outro por quê?

O poeta é um ser específico por natureza, alguém de alcance incalculável - todos os artistas o são alguém diria - mas eles abusam de algo que é de propriedade de ninguém mas onde a vida entregou ao poeta a bandeira. Mas do que uma razão íntima em sua essência o poeta tem a razão de trazer a poesia à luz mesmo que essa seja escura. O poeta é a poesia?

O poeta é o ato

A poesia é a razão desse ato.

Nessa declaração traiçoeiramente poética não basta afirmar que a poesia está em tudo e em todos
se nossa poesia não está em tudo nem para todos. Não basta escrever? diriam... Basta apenas sonhar?

A poesia só encontra a razão de ser depois que mostrada, lida, gostada ou odiada, ela não é um ato isolado num subsolo imaginário do poeta ela é nossa carta dizendo...

SOMOS TODOS POETAS!

Fonte:
Poetas de Marituba.

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