domingo, 12 de setembro de 2010

Igor Martins de Menezes em Xeque


Entrevista realizada por Graziely Neri

Nascido no Rio Grande do Sul. Ígor Martins de Menezes levou oito anos para escrever, e agora o livro está sendo publicado pela Editora Insular. Ainda na infância Igor Martins de Menezes, médico residente em São João Batista, colocou no papel suas primeiras idéias. Seu passatempo preferido era desenhar tirinhas expiradas nos personagens da Marvel. A junção de desenhos, texto e idéias se tornou pequena para um caderno e se projetou num livro de 400 páginas, publicado em dezembro de 2007 pela editora Insular.

Como surgiu a idéia do livro?

A idéia vem desde pequeno dos tempos de infância. Eu sempre fui muito aéreo mais gostava de desenhar. Cresci e quando entrei na faculdade não tinha muito tempo para isso, pois achava que devia estar estudando. É claro que também não estudava muito, pois no início da faculdade só queria festa, como todos. Resolvi pegar as idéias dos desenhos e escrever em uma agenda, onde anotava as provas e trabalhos também. Era uma forma de fugir da faculdade e aos poucos a agenda ficou pequena, passou para um caderno e depois para o segundo, quando me dei por conta que era mais fácil digitar.

Qual foi a trajetória do livro desde a criação até a publicação?

Comecei a digitar dois anos depois de começar, eu imprimi e ficou no formato de uma apostila, até então quase ninguém sabia o que eu escrevia. Ocorreu um episódio em que a família estava na casa da minha avó, na Cachoeira do Bom Jesus. A minha tia havia acabado de almoçar e iria dormir, mas queria algo pra ler entreguei o meu livro. Ela não conseguiu dormir e leu até o final, isso me inspirou a publicar.

Quanto tempo você dedicava ao livro?

Eu demorei muito para escrever por causa da faculdade tinha épocas em que eu ficava meses sem escrever, por causa dos semestres difíceis do curso. Foram uns quatro anos escrevendo. Depois de decidido que iria tentar publicar, entreguei o que já tinha feito ao meu pai, ele é professor de português.

Foi difícil fazer essa correção?

Levou mais de dois anos fazendo isso, essa foi a pior parte, pois ele tinha que corrigir uma frase, sem que ficasse de uma forma que ele escrevesse, ele tinha que manter a minha idéia. Essa parte foi estressante, mas muito boa, pois já estava formado e trabalhava o dia todo, e as noites eu ficava com ele. Tivemos um contato tão intenso que muitas noites eram eu e ele, umas cervejas, uns jogos do grêmio e churrasco. Conseguimos publicar em dezembro de 2007.

Porque a escolha de ser médico e não fazer línguas ou jornalismo algo ligado a literatura?

Eu sempre fui mais quieto, mais de observar. Fiz medicina pra fazer psiquiatria. Só comecei a escrever depois que passar na faculdade, talvez se eu tivesse feito jornalismo ou línguas, não teria escrito.

Quais os próximos projetos para o livro?

Primeiramente a divulgação das mais variadas formas. Esse ano, isso é extra-oficial, o colégio catarinense vai adotar o livro no currículo. Vou também fazer a Coperve adotar no currículo do vestibular. Isso é apenas um sonho.

O que você encontra no livro O Imortal Kalymor:

O livro conta a história de um homem (Hans Kalymor) que procura a Catedral Metropolitana de Florianópolis para realizar uma confissão sobre inúmeros crimes que ele cometeu por causa de seu amor perdido. Na busca por vingança, por um acaso do destino ele se tornou imortal e percorreu oito séculos de lutas, sofrimento e busca por um sentido em sua eternidade. Nessa caminhada, o personagem se deparou com diversos seres, místicos ou humanos, sempre na procura de conhecimento e sabedoria sobre diversos aspectos da vida, do amor, da honra, de guerras e evolução de si próprios, inclusive uma explicação plausível sobre o que seria Deus e as leis do universo.

Fonte:
http://meucursominhavida.wordpress.com/2009/05/29/o-imortal-kalymor/

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