terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.99)

Uma Trova Nacional

O perdão é tão sublime
que, por mais que a ofensa doa,
põe uma paz que redime
no coração que perdoa.
(ZENAIDE MARÇAL/CE)

Uma Trova Potiguar

Pesa a cruz do meu fadário,
mas tenho fé em Jesus
que se aumentar meu calvário
não sinto o peso da cruz!
(PROF. GARCIA/RN)

Uma Trova Premiada

2009 > Ribeirão Preto/SP
Tema > CIGANO > Menção Especial

Ante o teu vulto de fada
e esse lindo olhar arcano,
sinto a alma engalanada
por ter nascido cigano!
(HERMOCLYDES S. FRANCO/RJ)

Simplesmente Poesia

Mote: (Autor Anônimo)
URGENTE É MUDAR AS TREVAS
EM SUAVES BÊNÇÃOS DE LUZ.

GLOSA:
Irmão, o pão que tu levas
vem dividir com nós todos,
pois, sem cobranças e engodos
urgente é mudar as trevas
naquilo em que mais te elevas,
assim como fez Jesus
que no suplício da cruz
nos deu a paz e o perdão,
transformando a escuridão
em suaves bênçãos de Luz.
(THALMA TAVARES/SP)

Uma Trova de Ademar

As trovas mais verdadeiras
nascidas de nossas lavras,
formam poesias inteiras
não são apenas palavras...
(ADEMAR MACEDO/RN)

...E Suas Trovas Ficaram

Fingindo felicidade,
um sol que raro desponta,
fantasia é a realidade
vestida de faz-de-conta ...
(ELTON CARVALHO/RJ)

Estrofe do Dia

Num oitão de uma cabana
num aceiro de um roçado,
se encontra um velho sentado
num rebolo de imburana,
cortando uns troncos de cana
para uma porca que cria,
ouvindo a chocalharia
de uma manada de gado,
regressando do roçado
depois da morte do dia.
(MANOEL FILÓ/PE)

Soneto do Dia

– Darly O. Barros/SP –
CELAGEM.

Meu estro se extasia, ao ver o ocaso
Vermelhecer, à curva descendente
Do sol: são seis e vinte e é sem atraso
Que ele boceja e some, no ocidente...

Meus dedos fremem, não por mero acaso:
Há que selar o vôo mais recente,
Os frêmitos e arroubos do parnaso,
Ao mergulhar as asas no poente;

E então, a gotejar vermelho e rosa
- colhidos na viagem espantosa,
Realizada às fímbrias do cariz -,

Vê-lo , embebendo a pena em mil rubores
E, em um soneto, eternizando as cores
Do sol poente, em glorioso bis...

Fonte:
Ademar Macedo

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