segunda-feira, 14 de março de 2011

Roberto Pinheiro Acruche (Meus Poemas n. 10)


PRECISO DE ESQUECER

Já tentei te esquecer,
ignorar-te
e não mais saber de ti.
Mas quando te vejo
reacende o meu desejo
meu coração estremece
meu peito aquece
tudo em mim enlouquece
tanto quanto sou louco por ti.
A tua imagem me fascina
me alucina
me faz navegar nos sonhos
no mar das ilusões,
flutuar no mundo da fantasia...
E pensar que um dia,
pelo menos um dia...
Possa tê-la em meus braços
sentir os teus abraços
o sabor dos teus beijos
e matar os meus desejos.
Ah... já tentei te esquecer
ignorar-te
e não mais saber de ti.
Mas quando te vejo
enlouqueço de desejo
me encanto
meu coração entra em pranto
e explode de amor.
Eu sabia que te amava,
que te amava muito,
só não sabia que era tanto.
Preciso te esquecer!

BARCO FORA D’ÁGUA

Viajei, rompi fronteiras,
naveguei durante dias
noites inteiras,
agora sou somente,
um barco fora d’água.
Perdi o meu mundo...
Não tenho remo,
leme, nem direção...
Meu destino é a solidão!
Não vejo mais
o mar salpicado de estrelas
e os reflexos prateados
do luar ascendendo.
A luz do sol já não me alcança,
sinto que estou perecendo
ainda que amarrado
ao verde da esperança.

MADRUGADA

Quando chego, em casa,
já de madrugada,
trazendo em mim
o teu perfume,
fico louco de ciúmes
do travesseiro que abraças,
do cobertor que te aquece.
Invejo as manhãs que te vêem acordar,
o chuveiro que te banha,
a toalha que te seca.
Quando chego, em casa,
já de madrugada,
cansado da emoção
de longa noite embalada,
ainda sentindo o sabor dos teus beijos...

Dá-me um desejo
de ser tua alvorada
para clarear com ternura
o teu rosto e
apanhar-te pela cintura,
já descansada
e ter de novo em meus braços
o teu corpo descoberto
sentindo os teus abraços
o sabor dos teus beijos
matando meus desejos.
Quando chego, em casa,
já de madrugada
o que me acode
é a esperança
de outra noite embalada,
com quem não me sai da lembrança!

ARREPENDIMENTO

Hoje eu me agredi,
me ofendi,
me injuriei, xinguei-me,
falei mal de mim;
contrariei o meu gosto,
bati em meu próprio rosto
e ri da minha cara.

Hoje eu sei
o que é sofrimento
a dor, o lamento.
o arrependimento
por ter deixado você!

CONFIDÊNCIAS AO LUAR

Lua, mística e de rara beleza
inspiradora dos enamorados,
assistente de segredos guardados...
confessados a vossa realeza!

Qual trovador não vos citou um verso
encantado com a luz prateada
ou caminhando pela madrugada,
ainda que, em estado adverso?

Crendo em vossa majestade, confesso,
que vos prestei versos e confidência...
recitei poemas com eloquência...

-Sorvido por grande amor, nele imerso,
perdido de paixão neste universo...
condenado... venho pedir, clemência!

Fonte:
O Autor

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