segunda-feira, 30 de maio de 2011

José Feldman (Poesia para um Amigo Querido)













Ao meu cãozinho Fluffy, falecido há um ano, que estaria fazendo 11 anos.

O sol nasceu cedinho
E seus raios de calor
Caíram sobre a terra adormecida.
A manhã despontou
E você despertou
E seus olhos brilhavam
E havia um calor intenso
Em cada gesto seu.

O dia começava e
Você estava feliz,
Mais feliz ainda
Ao me ver junto a si.

Seu rabo negro e branco
Agitava de felicidade,
E voce pulou,
E voce me lambeu,
E voce me abraçou.

Corremos pelo quintal,
E senti o seu calor,
O seu amor…incondicional.

Briguei contigo,
Mas sua amizade
Era muito forte.
E sempre fui
Dominado pelo seu amor.

As borboletas voavam pelas flores,
Os passarinhos cantavam alegremente,
O próprio dia era mais radiante.

Mas,
O céu foi ficando escuro,
Os raios estremeceram a terra,
O sol sumiu nas trevas,
Seus olhos perderam o brilho
Seu rabo parou de agitar,
Suas pernas já não se moviam.

O sol se foi para sempre,
E só restou a noite,
Só restou as lágrimas,
Encharcando minhas lembranças.

Nem houve um tempo para um adeus!
Um ano sem voce, meu amigo!
Ainda parece que foi ontem
Que estavamos juntos.

Um dia estaremos juntos,
Novamente,
E o sol voltará a brilhar!
Até mais, meu amigo!

2 comentários:

ialmar pio disse...

Amigo José

Parabéns pelo brilhante poema que fez ao seu companheiro que partiu há um ano. Eu também tive um cãozinho, que se chamava Piloto e foi mordido por uma cobra e morreu. São as coisas da vida mas a gente não esquece.

Um abraço,

Ialmar Pio

P.S. Agradeço a publicação dos sonetos em homenagem e a crônica da poesia marginal que até acho interessante para quem queira se comunicar na linguagem simples do povo.

Lucia Constantino disse...

Meu amigo, eu aqui chorei novamente relendo esse teu poema sensível, tocante, belo! -- também tive um cãozinho assim, preto e branco e morreu no dia do meu aniversário (18 de agosto de 2010) - assim, de repente, também não pude me despedir dele, não houve tempo. E tudo ficou negro, e triste e a chuva caiu sobre os meus olhos. Sei o que você sentiu, sei o que você sente... e no dia 15 de maio agora se foi minha Pequetita, com 15 aninhos! Esses anjos são eternos em nosso coração. Só quem os ama realmente, sabe do que estamos falando. Um grande abraço, meu amigo. Parabéns pelo poema belo, que toca-nos tanto, tanto!!!