quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 248)


Uma Trova Nacional

A lágrima comovida,
que vem de dentro de nós,
é uma palavra sofrida
que chega aos olhos sem voz.
–HEGEL PONTES/MG–

Uma Trova Potiguar

No meu semblante tristonho,
Uma lágrima escorrega
Quando a estrela do meu sonho
Se some na noite cega!
–JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN–

Uma Trova Premiada

2001 - Nova Friburgo/RJ
Tema: DETALHE - 1º Lugar

Meu perdão foi em tributo
a uma lágrima suspensa:
- um detalhe diminuto,
mas, que fez a diferença...
–DARLY O. BARROS/SP–

Uma Trova de Ademar

Da bebida fiquei farto,
bebendo, perdi quem amo;
hoje bebo no meu quarto
as lágrimas que eu derramo.
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Dizem que a lágrima nasce
do fundo do coração...
Ah! se a lágrima falasse,
que doce consolação!
–BELMIRO BRAGA/MG–

Simplesmente Poesia

–HILDA PERSIANI/PR–
Lágrimas

Quem nunca uma lágrima verteu,
Seja de tristeza ou seja de alegria,
Em qual face uma lágrima não correu?
Todas as faces ela umedeceu um dia.

Quantas rolaram por amor desfeito,
Outras rolaram por amor traído...
Quantas ficaram retidas dentro do peito...
Outras tantas tremularam sem ter caido.

Incolor, límpida e transparente,
Às vezes até mesmo sem razão,
Escorrem pela face docemente
Ou rolam em suspiro pelo coração.

Mas quando se chega na terceira idade,
As lágrimas que banham nosso rosto,
Ou são causadas por algum desgosto
Ou deslizam como caricia, de saudade!...

Estrofe do Dia

Não pensei chorar tanto desse jeito.
Meu açude de lágrimas sangrou;
abri todas comportas do meu peito,
e o velho coração não segurou.
O grande temporal veio depois
quando eu vi que o amor entre nós dois;
se afogou no mar com os abrolhos;
esta dor foi demais, não suportei,
chorei tanto por ti que já sequei
a cacimba de prantos dos meus olhos.
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

–MIGUEL RUSSOWSKY/SC–
Solidão

Maio. Minha tristeza avisa ser outono...
Poucas nuvens no céu... Uma rima vadia,
começa a solfejar pela casa vazia,
tentando afugentar os recados do sono.

Envelhecer me dói... ( mas antes não doía )
Meus sonetos de amor – cães magrelos sem dono –
se põem a reclamar que os deixei no abandono.
Folhas caem, devagar,na tarde azul e fria.

Domingo sem ninguém, de novo o mesmo tema
querendo constituir-se em núcleo do poema...
(Falo com meus botões, os botões tem bom senso )

O silêncio parece um anseio que chora...
Aprender a ser só, se aprende, mas demora...
Uma lágrima só... não faz peso num lenço.


Fontes:
Textos enviados pelo Autor
Imagem = Mundo dos Sonhos

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