sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 266)

Uma Trova Nacional
Essa ternura que exalas, e os meus receios acalma, faz um voo sem escalas da tua pele... à minh’alma! –SÉRGIO FERREIRA DA SILVA/SP– Uma Trova Potiguar Deixei de ser um galã em telas grandes, pequenas e transformei-me em seu fã no “palco” de nossas cenas. –TARCÍSIO FERNANDES/RN– Uma Trova Premiada 2008 - Nova Friburgo/RJ Tema: ESCOLHA - M/H Esta saudade tão rude que faz minha alma deserta vem desde o tempo em que eu pude mas não fiz a escolha certa! –PEDRO MELLO/SP– Uma Trova de Ademar O racismo nos redime deste contraste obsoleto, o “ser branco” é tão sublime como sublime é “ser preto”! –ADEMAR MACEDO/RN– ...E Suas Trovas Ficaram Salve a princesa Isabel, mulher de grande valor. Bonito foi seu papel, tirando o negro da dor. –AUROLINA DE CASTRO/AM– Simplesmente Poesia –HÉLIO CRISANTO/RN– Galope Praieiro A tarde morria pouco ensolarada, A brisa soprava menstruando a noite, Um corvo passava procurando acoite Em umas palmeiras quase desfolhadas Um ébrio, em monólogo, parindo risadas. Como se alguém estivesse a escutar E eu abismado, de longe a olhar O mar bocejando espumas tão frias E a hóstia do sol tecendo elegias Ao dia que parte pra não mais voltar Estrofe do Dia Do buraco as formigas vem pra fora Os besouros, terreiro nenhum cabe. Quando o céu engravida a nuvem sabe Que vai da luz de chuva a qualquer hora; Um lençol de neblina envolve a flora Mexe a gruta um pirão de areia e lama, A montanha esfumaça sem ter chama, Dá até pra pensar que a terra fuma; O nordeste se enfeita e se perfuma Quando o pranto da nuvem se derrama. –NONATO COSTA/CE– Soneto do Dia –JOSÉ ANTONIO JACOB/MG– Revelação Nada sabeis de mim e sabeis nada Porque venho regresso de outra lida. Nada me perguntastes na chegada E nada vos direi na despedida. Se eu cheguei de uma alegre caminhada - Ou se deixei tristeza na partida - Pode ser que ao final dessa jornada Nada ainda sabereis da minha vida. Não entendeis do céu que nos assiste? Trago nos olhos grandes o olhar triste, Tais quais olhos da noite arregalados. Espiai essas estrelas tão banais: Tantos mundos distantes revelados, Mas que aos olhos dos homens são iguais!
Fonte: Textos enviados pelo Autor

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