quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 313)


Uma Trova Nacional

A trova que desafia
com autores a rimar,
dar voz à lusofonia
aos amigos do além-mar.
–PINHAL DIAS/PT–

Uma Trova Potiguar


Louvo a infinita beleza
da alvorada cristalina,
- feitiço da natureza,
- mistério da lei divina!...
–ANTONIO RODRIGUES NETO/RN–

Uma Trova Premiada

2000 – Nova Friburgo/RJ
Tema: INSTANTE -1º Lugar.

A saudade se embaraça
e a paixão se intensifica...
Não pelo instante que passa,
mas pelo instante que fica!
–EDUARDO TOLEDO/MG–

Uma Trova de Ademar

Entregue ao próprio abandono,
eu vi na rua um menino,
igualmente um cão sem dono
sem lar, sem pão, sem destino...
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Pelas leis da natureza,
sem ouro e glória vivemos;
porém, com toda certeza,
nós, sem água, morreremos.
–ALONSO ROCHA/PA–

Simplesmente Poesia

Aspiração
–OLYMPIO COUTINHO/MG–

Eu quero um mundo
no qual a mulher não se sinta ultrajada
porque foi olhada.

No qual o afeto não seja reprimido
e seja assumido
como um gesto de amor.

No qual não haja medo de usar todas as palavras,
até mesmo as agressivas,
mas que sejam entendidas
como palavras de amor.

No qual não haja necessidade
de se fazer a guerra
para se alcançar a paz.

No qual viver não seja uma tragédia,
mas uma grande alegria.

Estrofe do Dia

Viajando pra o sertão um belo dia
vi na beira da estrada uma tapera,
e para o meu entender ela queria
me contar a sua vida como era...
eu fui feita de barro, sem cimento.
e hoje vivo a mercê da chuva e vento
sem porta, sem ferrolho e sem tramela;
e diga a quem passar por essa estrada:
“Toda casa de taipa abandonada,
Guarda um grito de fome dentro dela!”
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Finalmente
–DARLY O. BARROS/SP–

Batendo com os punhos na vidraça,
chega até mim o som de alguém que chora;
junto à lareira, que, a janela, embaça,
eu não consigo ver quem é, lá fora...

Envolto em denso manto de fumaça,
¾ negrume e névoa ¾ o vulto, então me implora:
“Deixa-me entrar!” e um calafrio perpassa
meu corpo ... a voz da intrusa me apavora.

“Após longa vigília e cansativa,
insone, estou mais morta do que viva,
diz, de uma vez: que queres tu de mim?”

“Acalma-te, sou tua salvação,
aqui me tens, enfim, a inspiração,
abre a janela que, eu tardei, mas vim!”

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