quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 376)


Uma Trova Nacional

Quando do meu lar amado
transpus o velho portão,
pedaços do meu passado
espalharam-se no chão!
–RENATO ALVES/RJ–

Uma Trova Potiguar

As queimadas florestais
são exemplo da desgraça
que transforma ares vitais
em cortinas de fumaça.
–IEDA LIMA/RN–

Uma Trova Premiada

2011 - ATRN-Natal/RN
Tema: VERTENTE - 6º Lugar

O pranto do amor desfeito,
revelando seu desgosto,
vem lá do fundo do peito,
vertendo triste em meu rosto.
–CAMPOS SALES/SP–

Uma Trova de Ademar

O meu rio além das águas
viaja tal qual um monge
carregando minhas mágoas
para desaguar bem longe!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Nós cremos no Deus da vida
e vemos com nitidez
que onde Ele tem acolhida,
sortilégio não tem vez!
–CLARINDO BATISTA/RN–

Simplesmente Poesia

MOTE:
Tudo quanto produz o cantador
Deveria ser lido e divulgado.

GLOSA:
Perspicaz e um eterno sonhador
sempre atento ao brotar a inspiração.
Vem de dentro, do nobre coração
tudo quanto produz o cantador.
Jardineiro de um reino, puro amor,
seu poema é, no peito, cultivado
e transmite ao leitor o seu recado.
Seja alegre a mensagem ou tristonha,
tudo aquilo que pensa, escreve e sonha,
deveria ser lido e divulgado.
–GILSON FAUSTINO MAIA/RJ–

Estrofe do Dia

O ladrão levava sola
mas hoje não é assim,
bater num ladrão mirim
quem fizer isto se enrola;
por isso é que o cheira cola
se tornou mais atrevido,
por saber que o pé d’ouvido
está livre de pancada;
toda lei ultrapassada
só favorece o bandido.
–GERALDO AMÂNCIO/CE–

Soneto do Dia

Melancolia
–DARLY BARROS/SP–

O sol boceja! A Noite Santa avança
e, em meio ao lusco-fusco do poente,
volto a sentir saudades da criança
que a vida fez crescer e, de repente...

Nada, contudo, guarda semelhança
com os Natais do meu antigamente:
o mundo é outro - a bem-aventurança
da data, um breve hiato, num presente

de tanta violência entre os mortais,
que é fácil compreender não volte mais
essa criança que se foi tão cedo;

prefiro vê-la agora recolhida,
neste meu peito que, de volta à vida
mas, infeliz e trêmula de medo.

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