segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 381)


Uma Trova Nacional

Quem fez assim tão perfeito,
tão caprichado, esse ninho?
– Foi Deus, pegando de jeito
no bico do passarinho.
–RAYMUNDO SALLES/BA–

Uma Trova Potiguar

Pra garantir matrimônio
a confiante Teresa,
mantém sempre, o Santo Antônio,
com a velinha “bem acesa”...
–UBIRATAN QUEIROZ/RN–

Uma Trova Premiada

2008 - ATRN- Natal/RN
Tema: IDADE - 3º Lugar

Na velhice, idade mestra
já sem forças para o embate,
vem a morte e nos sequestra
sem sequer pedir resgate.
–FRANCISCO JOSÉ PESSOA/CE–

Uma Trova de Ademar

O vício sempre nos joga
numa dor que nos revolta:
– ver um filho usando droga,
numa viagem sem volta!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Minha querência, meus pagos,
na minha imaginação,
o céu nasceu nos teus lagos,
e a paz floriu no teu chão...
–MANITA/RJ–

Simplesmente Poesia

O Poeta é Porreta
–CELITO MEDEIROS/PR–

Poesia com liberdade
O pensamento traduz
Muito desta realidade
Que a escrita conduz.

Todo poema é uma luz
De um lado um escritor
Na apreciação superior
Pela beleza que seduz.

Versos para provocar
Acima de tudo o amor
Sempre é bom poetar.

Poeta é um sonhador
Consegue até agradar
Ao mais refinado leitor.

Estrofe do Dia

Nos lindos carnaubais,
nas manhãzinhas brumosas,
no desabrochar das rosas,
nos bonitos parreirais,
nas frondes dos coqueirais
que tremulam noite e dia,
por dentro da serrania,
por toda gruta e recanto;
se vê o suave encanto
das telas da poesia.
–ZÉ DE CAZUZA/PB–

Soneto do Dia

Carnê de Baile
–ALMIRA GUARACY REBÊLO/MG–

Ao abrir a gaveta, na cômoda antiga,
vem a mim, acendrado, um perfume de flor...
A surpresa fascina e de pronto me instiga
a buscar, curiosa, o motivo do olor.

Em procura apressada, um achado me intriga:
bem no fundo, amassado, desfeito o primor,
oloroso carnê de algum baile, que abriga
velha rosa estiolada – Uma prenda de amor?

Fantasio essa rosa em decote atrevido
a cair, em veloz e arrojado volteio...
Ardilosa armação de atrevido cupido!

Pouco a pouco a visão se desprende e esfumaça
como nuvem ligeira... Um mero devaneio...
E entre meus dedos, presa, a flor se despedaça!

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