quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 405)


Uma Trova Nacional

Saudade sem esperança
é berço sem serventia!
É brinquedo sem criança,
na casa triste e vazia!
–THALMA TAVAVES/SP–

Uma Trova Potiguar

Quero teu corpo revolto,
tantas vezes prometido,
e este céu que está envolto
nas sombras do teu vestido.
–GONZAGA DA SILVA/RN–

Uma Trova Premiada

2009 - Bandeirante/PR
Tema: AUSÊNCIA - M/H

Na vida vivo tentando
tornar meu mundo risonho,
pois a tristeza vem quando
existe ausência de um sonho.
–VANDA ALVES/PR–

Uma Trova de Ademar

Talvez por ser inocente
nessa matéria de amar,
por mais disfarces que invente,
não consigo lhe enganar.
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Por mais que eu viva desperto
meu porvir não descortino:
o destino é tão incerto,
que também não tem destino.
–ADERBAL MELO/PE–

Simplesmente Poesia

Palavras Nuas
–EFIGÊNIA COUTINHO/SC–

Quem sonha acorda, discorda
Vem frase de língua a falar...
Soltas ao vento, em horda.

Neuma dentro do sonho,
O balancim com andor a vagar...
Imagens dum tempo bisonho.

Ritmo limiar com intenção,
Que as portas de palavras a olvidar.
Sejam abertas com precisão.

Breve pausa sem fachada,
Somente vai o tempo enganar.
Pois ele não tem retomada.

Há ventos ruidosos nos ares,
Revirando tempos a passar...
Não faz vincos similares.

É o tempo duma palavra nua,
Entre dois corpos a sina lavrar...
A vida que em mil cores continua.

Estrofe do Dia

Quando eu olho pro céu fico pensando
se mereço ir pra lá quando morrer,
Deus não gosta de abuso de poder
e eu abuso do meu de vez em quando,
quando os pobres me pedem soluçando
mesmo tendo sobrando eu digo não;
e nessa coisa de “ajuda teu irmão”
eu ainda não quis acreditar;
Jesus Cristo morreu pra me salvar,
e eu nem sei se mereço a salvação!
–RAIMUNDO CAETANO/PB–

Soneto do Dia

Terceira Juventude
–MARIA NASCIMENTO/RJ–

Primeiro, os anos passam lentamente...
Depois, no declinar da mocidade,
o tempo sai voando, loucamente,
deixando as marcas da Terceira Idade...

Mas, trazendo a esperança ainda latente,
e, enfeitando com sonho, a realidade,
vamos rememorando, heroicamente,
os mais doces momentos de saudade...

É sublime a Terceira Juventude...
E, quando Deus nos dá paz e saúde,
vencemos o receio da partida,

pois, somando as benesses da existência,
nos mostra a sábia voz da experiência
que foi um Céu, na Terra, a nossa vida!...

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

Um comentário:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

José Feldman
Estimado escritor, é uma imensa honra aqui estar presente neste seu espaço Literário, onde podemos realmente ler boa poesia, contos, artigos, sendo ainda com poetas da atualidades! Resta-me lhe dar os cumprimentos pelo importante trabalho aqui apreciado, com admiração,
Efigênia Coutinho