quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Preservação de Livros (Parte 1)


APRESENTAÇÃO

O presente trabalho pretende mostrar a indicação de soluções dos danos mais comuns em acervos bibliográficos. Descrevendo os processos de reparos em livros, relacionando os materiais necessários, as técnicas e os procedimentos inerentes. Orienta para evitar as causas da deterioração objetivando o prolongamento da vida útil dos livros e documentos.

I. PRINCIPAIS AGENTES DE DETERIORAÇÃO DE ACERVOS DOCUMENTAIS

1. INSETOS, FUNGOS E ROEDORES

Dentre os agentes de degradação de acervos documentais, os agentes biológicos como insetos, fungos e roedores constituem ameaças sérias devido aos danos que podem gerar, muitas vezes irreparáveis. Em razão disso, vigilância e controle de proliferação devem ser adotados permanentemente dentro da política de preservação de acervos, pois a proliferação destes organismos ocorre de modo bastante rápido se as condições da biblioteca forem inadequadas. Os métodos de controle envolvem freqüentemente o emprego de produtos químicos que, quando aplicados, necessita de orientação devido aos riscos de danos à integridade das obras e à saúde dos funcionários e usuários da biblioteca.

2. AÇÃO DO HOMEM

Sem dúvida a ação do homem contribui demasiadamente para a degradação do acervo, tanto pelo descuido que muitos têm com as obras, como pela ação de vandalismo: furto, destruição, dano, mutilação, etc. Os danos causados são, muitas vezes, irreversíveis, daí,a necessidade de um trabalho de educação do usuário criando-lhe uma mentalidade preservacionista e desenvolvendo a noção do valor do patrimônio da biblioteca para a coletividade. Não se deve esquecer que a adoção de normas e procedimentos básicos contribuem consideravelmente para melhor conservação do acervo:

Nunca usar fitas adesivas em virtude da composição química da cola;

Ao pegar um livro deve-se estar com as mãos sempre limpas;

Nunca retirar um livro da estante puxando-o pela borda superior da lombada. O correto é retirar o livro segurando-o pela parte mediana da lombada;

Nunca umedecer os dedos com saliva ou qualquer tipo de líquido para virar as páginas de um livro. O ideal é virar a página pela parte superior da folha;

Evitar colas plásticas ou em bastão, pois além de serem irreversíveis, favorecem a deterioração do papel devido aos componentes químicos;

Acondicionar os materiais em estantes próprias, com dimensões adequadas, preferencialmente metálicas, dando espaço suficiente entre uma e outra sem comprimi-las excessivamente;

Armários e estantes devem ficar afastados da parede 7 cm e 10 à 15 cm do chão;

Os livros grandes e grossos de estruturas fracas devem ser guardados na horizontal, sem empilhar. Para evitar o declínio dos livros nas estantes, utilizar bibliocantos adequados;

Os documentos devem ser desdobrados (se possível) retirando grampos, alfinetes e clips metálicos para evitar que provoquem manchas de ferrugem;

Nunca apoiar os cotovelos sobre os livros durante a leitura. Este procedimento acarreta uma pressão nas costuras dos cadernos e nas lombadas, provocando o rompimento e o desdobramento dos cadernos do volume;

Não apoiar os livros em superfícies irregulares;

Evitar a luz direta do Sol;

Não encostar as estantes em paredes úmidas;

Não fumar ou alimentar-se em áreas destinadas ao trabalho e manuseio dos livros;

Utilizar transporte adequado para os livros. O ideal é fazer uso de carrinhos construídos para esse fim.

Continua... Umidade e Temperatura; Higienização

Fontes:
DIVISÃO DE PRESERVAÇÃO; Preservação e Recuperação de Material Bibliográfico. Biblioteca Pública do Paraná, Curitiba, 2001.

MILEVSKY, Robert J.; Manual de Pequenos Reparos em Livros; Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. 2ª edição, Rio de Janeiro, 2001.

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