sábado, 31 de março de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 512)

O AMANHECER NA PRAIA DA "PONTA VERDE" - MACEIÓ/AL

Uma Trova de Ademar

O sentimento mais lindo
em nós vai se esparramando...
Meu tempo diminuindo
e o nosso amor aumentando.
–ADEMAR MACEDO/RN–

Uma Trova Nacional


Quem compra amor por dinheiro,
como quem vai ao mercado,
não compra do verdadeiro,
compra do falsificado.
–CLARISSE BARATA SANCHES/PRT–

Uma Trova Potiguar


Das luzes da mocidade,
que deram luz à ilusão,
sobrou sombra de saudade,
dando sombra à solidão.
–LUIZ DUTRA BORGES/RN–

...E Suas Trovas Ficaram


N'alma, a esperança reflete
uma risonha mentira,
pois é o que a vida promete
em troca do que nos tira...
–WALTER WAENY/SP–

Uma Trova Premiada


2006 - São Paulo/SP
Tema - CIÚME - Venc.


Ciúme é como se fosse
um veneno sedutor...
Amargo, se mostra doce,
matando aos poucos o amor.
–FRANCISCO JOSÉ PESSOA/CE–

Simplesmente Poesia

Canção de Amor
–THALMA TAVARES/SP–


Meu olhar, qual veio d' água,
lavou de meu peito a mágoa...
Já não temo a ingratidão.
Assim, se um dia voltares
esquecerei meus pesares,
te estenderei minha mão.
Como outrora, quando a vida
nos sorria colorida
e eu tinha o teu coração,
terás de novo meus beijos,
meus carinhos, meus desejos,
meu ardor, minha paixão.
Pois só quem ama de fato
perdoa o parceiro ingrato,
muda o rancor em bondade...
Todo amor é um sonho alado,
é um pássaro encantado;
não vive sem liberdade.
Maior que a vida, que a morte,
o amor é sempre mais forte,
vence a própria eternidade;
muda em virtude o defeito,
vence a dor que oprime o peito...
Mas só não vence a saudade.

Estrofe do Dia

Uma prostituta mancha
a moral e o destino,
num restaurante grã-fino
a milionária lancha,
uma gangue se desmancha
num tiroteio da favela,
um bebum cutuca a goela
pra vomitar na calçada;
são cenas que a madrugada
mostra a quem visita ela.
–BIU SALVINO/PB–

Soneto do Dia

Lágrimas
–AUTA DE SOUZA/RN–


Eu não sei o que tenho... Essa tristeza
que um sorriso de amor nem mesmo aclara,
parece vir de alguma fonte amara
ou de um rio de dor na correnteza.

Minh'alma triste na agonia presa,
não compreende esta ventura clara,
essa harmonia maviosa e rara
que ouve cantar além, pela devesa.

Eu não sei o que tenho... Esse martírio,
essa saudade roxa como um lírio,
pranto sem fim que dos meus olhos corre,

Ai, deve ser o trágico tormento,
o estertor prolongado, lento, lento,
do último adeus de um coração que morre...

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