sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 582)


Uma Trova de Ademar  

Quem na mata acende a chama, 
suja o rio e a correnteza; 
joga um punhado de lama 
no rosto da natureza!... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Se amigo é quem ouve a queixa, 
seca o pranto e ajuda a rir, 
mais amigo é quem não deixa 
sequer o pranto cair! 
–Carolina Ramos/SP– 

Uma Trova Potiguar  

O outono da vida ingrata,
chega fazendo atropelos:
Joga tinta cor de prata,
na tinta dos meus cabelos!
–Prof. Garcia/RN– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Em meu livro de memórias,
que Maria ainda não leu,
quase todas as histórias
ela mesma é que escreveu…
–Waldir Neves/RJ– 

Uma Poesia 

Quando eu olho pro céu fico pensando 
se mereço ir pra lá quando morrer, 
Deus não gosta de abuso de poder 
e eu abuso do meu de vez em quando, 
quando os pobres me pedem soluçando 
mesmo tendo sobrando eu digo não; 
e nessa coisa de “ajuda teu irmão” 
eu ainda não quis acreditar; 
Jesus Cristo morreu pra me salvar, 
e eu nem sei se mereço a salvação! 
–RAIMUNDO CAETANO/PB– 

Soneto do Dia  

O CRISTO DE MARFIM. 
–Antero Bloem/SP–

Quando depões sobre o teu Cristo amado, 
- Esse Cristo que pende de teu peito,
ungido de ternura e de respeito –
um beijo de teu lábio imaculado,

Eu, sacrílego, sinto-me levado
- Ou seja por inveja, ou por despeito –
a arrebatar o Cristo do teu peito
e em teu peito morrer crucificado.

Mas quando vejo, do teu lábio crente,
cair sobre Jesus a prece ardente,
talvez por nosso amor, talvez por mim,

ardo na chama intensa dos desejos
de, arrependido, sufocar meus beijos
nesse teu alvo Cristo de Marfim.

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