terça-feira, 31 de julho de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 624)

Uma Trova de Ademar 

Sinto que aquela criança
que nunca usou um fuzil,
traz nas mãos toda esperança
no futuro do Brasil...
–Ademar Macedo/RN–

Uma Trova Nacional 


Todo indivíduo que é tolo
mas que de sábio se arvora,
é tal o pão sem miolo...
só tem a casca por fora!
–Francisco José Pessoa/CE–

Uma Trova Potiguar 


Os meus carnavais partiram,
levando os tempos risonhos
e as fantasias fugiram
no delírio dos meus sonhos!...
–Rodrigues Neto/RN–
Uma Trova Premiada 

2012  -  Caxias do Sul/RS
Tema  -  UVA  -  1º Lugar


Sou como as uvas pisadas
pra fazer vinho e licor,
que mesmo sendo esmagadas
dão de presente o sabor.
–Manoel Cavalcante/RN–

...E Suas Trovas Ficaram 


Não é quando vais embora
que tenho ciúmes assim.
É quando estás como agora,
pensativo, junto a mim...
–Carolina A. de Castro/PE–

Uma  Poesia 


Quando avisto uma nuvem carregada
avisando que o céu já tá se pondo,
bem do oco do mundo ouço um estrondo
de um corisco ou trovão pai da coalhada;
vem a chuva enfermeira dedicada
pra curar as feridas do verão,
onde Deus o maior cirurgião
recupera o sertão tão castigado;
quando o tempo se fecha, o céu nublado
é sinal que vem chuva pra o sertão.
–Júnior Adelino/PB–

Soneto do Dia 

AS MÃOS DE VITALINO.
–Rafael dos Santos Barros/PE–


Vitalino com mãos sujas e santas
modelava em barro os nordestinos
e transportava a dor e os desatinos
para os bonecos tantas vezes, tantas.

Bonecos mudos, quantas vezes quantas,
Minha alma cega por meus olhos viu?
A tua dor meu coração sentiu
no canto triste que ainda hoje cantas.

Soprou a vida num boneco mudo
que sem falar, assim, dizia tudo
dos nordestinos, dos desatinos seus,

advertência dos que nascem pobres
pelas mãos rudes que ficaram nobres,
abençoadas pelas mãos de Deus.

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