domingo, 23 de setembro de 2012

Paulo José de Oliveira (Pajo) (Aquarela Primaveril)


É Primavera... 
E o verde se refaz ao findar de mais um ano 
Chega-se à estação que finaliza um ciclo 
Transformando e renovando a biosfera 
Brindando a terra no precipitar das chuvas 
Deslumbrando a natureza em sons e aquarela 
É Primavera... 
E brilha o sol reluzindo e aquecendo os dias 
Chegam flores num desabrochar em cores 
Em novos frutos gerando alimento 
Dilatando sentimentos e o amor a nutrir 
Produzindo alegria, esperanças e novas vidas 
Impregnando almas, exalando fragrâncias 
Incendiando corações a afagar o co-existir 
É Primavera... 
E vem o beija-flor a sugar o néctar 
Nas multicores em que os olhos se extasiam 
De frutos mil que alimenta a humanidade 
Refaz-se a vida, o homem e seus demais seres 
Os rios antes agonizantes, agora se agitam 
É estação de se degustar novos sabores 
É Primavera... 
É então, quando as noites parecem ter mais estrelas 
Os dias se mostram com especial brilho 
Aves e animais ressurgem em seus ninhais 
Os mormaços prenunciam o germinar 
E as torrentes no telhado a trepidar 
Torna-se canção noturna de acalanto 
Ou terapia para o corre-corre do dia-a-dia 
É Primavera... 
Tornam-se mais belos, nossos jardins e quintais 
A primavera engorda a inspiração do poeta 
Que traduz em versos sentimentos e emoções 
E todas as ações e reações tornam-se mais efusivas 
As faces se iluminam em largos sorrisos 
Que mesmo em dias nublados 
se mostram no romantismo 

(Este poema é parte do meu livro: Galácticus: A Sinfonia das Quatro Estações - Pajo)

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