segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 704)


Uma Trova de Ademar 

Eu, que nunca pude tê-las... 
Que é um sonho do menestrel; 
sonhei enchendo de estrelas, 
meu barquinho de papel! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Desde o berço à sepultura 
caminharei sem temor, 
conduzindo esta ventura: 
ter nascido Trovador. 
–Gilson Maia/RJ– 

Uma Trova Potiguar 

No meu baú de lembranças 
onde a rotina enterrei, 
restaram minhas andanças 
e os prantos que derramei... 
–Rejane Costa/CE– 

Uma Trova Premiada 

2011 - ATRN-Natal/RN 
Tema:  VERTENTE - 14º Lugar 

É tanta angústia, insistente, 
pesar intenso e profundo,
que eu me sinto uma vertente
de toda a mágoa do mundo.
–João Costa/RJ–

 ...E Suas Trovas Ficaram 

De tudo a perdoaria,
(coisas de quem muito amou)
- só não perdoo a saudade
que ela, maldosa, deixou...
–Aparício Fernandes/RN– 

U m a P o e s i a 

Um vento passa alisando
as costas da capoeira,
quase sem fazer poeira
passa só suavizando,
o sol lento, se ocultando
lambendo as costas da serra,
um bezerro afoito berra
por ser da mãe apartado;
parece um quadro pintado
das tardes de minha terra. 
–Brás Ivan/PE– 

 Soneto do Dia

DESPEJADAS.
–Haroldo Lyra/CE–

Trocou su’alma santa e o mais sutil
traço de vida calma e intemerata,
pelo vesgo contágio da ribalta 
que lhe acena com brilho mercantil.

Na luxúria, no beijo que arrebata
das entranhas da carne o gozo vil,
paga o preço que a fama discutiu
nas premissas que o vero não retrata. 

E colhe entre os abraços repentinos,
os laivos dos amores clandestinos,
em cavilosas juras gotejadas,

que tão cedo lhe explodem em desenganos,
martírio desses tratos levianos:
o alto custo das ninfas despejadas.

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