sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Esopo (A Raposa e o Bode)

Uma raposa caiu em um poço e foi obrigada a permanecer ali.

Um bode, levado pela sede, aproximou-se do mesmo poço e, vendo a raposa, perguntou-lhe se a água estava boa. E ela, regozijando-se pela circunstância, pôs-se  a elogiar a água, dizendo que estava excelente e o aconselhou a descer.

Depois que, sem pensar e levado pelo desejo, o bode desceu junto com a raposa e matou a sede, perguntou-lhe como sair.

A raposa tomou a palavra e disse:

– “Conheço um jeito, desde que nos salvemos juntos. Apóia, pois, teus pés da frente contra  a parede e deixa teus chifres retos. Eu subo por aí e te guindarei.”

Tendo o bode se prestado de boa vontade à proposta dela, a raposa, subindo pelas pernas dele, por seus ombros e seus chifres, encontrou-se na boca do poço, saltou e se afastou.

Como o bode a censurasse por não cumprir o combinado, a raposa voltou-se e disse ao bode:

– “Ó camarada, se tivesses tantas idéias como fios de barba no queixo, não terias descido sem antes verificar como sair.”

Assim também, é preciso que os homens sensatos primeiro verifiquem o resultado de uma ação antes de pô-la em prática.

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