quarta-feira, 1 de maio de 2013

Anônimo (Contos do Tio Emmett: A Pequena Sereia)

Estava eu no meu quarto, no andar de cima, investindo em um novo hobby: desenhar. Nessie estava sentadinha do meu lado, assistindo o Rei Leão. Puxa vida, como ela gosta daquele desenho. Aposto que Edward também, principalmente antes do almoço, para abrir o apetite. Eu prefiro o Irmão Urso. Aquele urso grande e forte daria uma ótima refeição. Assim que acabou o desenho, ela virou-se para mim, interrompendo o que eu estava fazendo (para variar…) e disse:

- Tio Emmett, você não quer me contar a verdadeira história do Rei Leão? – ela me perguntou.

- Melhor não… – eu disse a ela.

- Ah, titio, por favor. Por que não?

- Imagine uma história cheia de animais e vampiros vegetarianos? Ao invés de Hakuna Matata eles cantariam “A Cullen que Mata”. – eu disse, referindo-me a uma história sobre Bella e os animaizinhos.

- Ah. – ela se convenceu.

Estávamos a sós de novo, Renesmee e eu. Edward leu meus pensamentos felizes da última vez e concluiu que eu não faço as coisas por maldade. Mas tive que cancelar minha conta no youtube, para não ter perigo de postar mais vídeos… Uma pena… Estava cheio de idéias para essa próxima temporada. Ia fazer um remake de Lost onde finalmente descobririam qual era o monstro da Ilha…

Rose.

Não que a minha ursinha seja um monstro… Claro que não. Mas às vezes ela tem umas atitudes que não condizem com as de uma pessoa carinhosa e esposa amorosa… Como naquele dia na praia – não em La Push, é claro… Rose disse que iria até para alguma praia onde tivesse saída de esgoto para o mar, pois o cheiro seria mais agradável – que eu construí uma réplica do Taj Mahal de areia em tamanho real para mostrar o meu amor por ela, mas ela derrubou, pois estava atrapalhando a vista. Nessie estava aprendendo a nadar com o pai e ela não queria perder esta cena. Mas eu não me importei… Não sei se foi toda aquela água do mar, areia ou a surra que eu tomei daquele golfinho, mas aquele dia da praia me fez pensar em uma ótima historinha para contar à Nessie.

- A Pequena Sereia? – Nessie me perguntou.

- Sim… – eu disse, enquanto colocava minha monstrinha preferida na cama dela. – A história de AriBells.

- Hum… Por mim, tudo bem. – ela sorriu, lembrando do apelido ridículo que Chefe Swan deu à filha. No último natal eu improvisei a minha versão de Jingle “Bells”, mas Bella não gostou muito. – Pode contar.

- Então, tá.

“Era uma vez uma sereiazinha chamada AriBells. AriBells vivia com seu pai, o rei, num castelo no fundo do grande lago da cidade de Forks…”

- Mas eu pensei que as sereias viviam no mar. Ariel vive no mar… – Nessie disse.

- Qual a praia mais próxima de Forks? – eu perguntei, mas não esperei que ela respondesse. – La Push, baby, La Push. Se AriBells para morasse lá, provavelmente Renesmee Carlie Cullen nasceria Renéchel Billie Black.

- Não entendi. – ela disse. Oops, eu esqueci que ela não sabe a respeito de Jacob e a mãe dela antes do casamento de Edward e Bella. Melhor mudar de assunto antes que ela pergunte aos pais e eu fique sem outra parte do corpo.

- Han… É que… Tipo… Ela mora no lago perto de Forks, pois ela é alérgica à água salgada. – eu disse e sabia que ela tinha aceitado a justificativa. – Então…

“AriBells tinha duas amigas… Uma peixinha dourada e mal humorada chamada Rose que, contra a sua vontade, seguia AriBells aonde ela ia por falta de ter com quem andar e uma gaivota muito tirada a saber tudo o que estava acontecendo que se chamava Alice e habitava a superfície. Rose e AriBells iam juntas à escola para sereias e peixes no fundo do lago onde AriBells tinha outros amigos “sereias”, mas sua vida andava incompleta. Até que um dia elas tiveram uma aula de biologia e o professor falou sobre as espécies que existiam na superfície.

“Humanos… Humanos são sereias que andam em duas pernas”.

“O que são pernas?” Bella perguntou.

“É a extensão do corpo deles que substitui as nadadeiras. É como eles se locomovem. Eles se equilibram nelas. “

“Deve ser difícil… ” AriBells concluiu, imaginando como deve ser se equilibrar. Ela lembrou que nunca havia visto um humano, então passaria na pedra de Alice mais tarde para perguntá-la.

Então o professor de biologia mostrou uma foto dos humanos…

“Essa espécie chama-se robertus Pattinsons” o professor disse, revelando uma foto de um garoto branco, de olhos verdes e cabelos ligeiramente bagunçados. “Esta espécie é rara, conhecida por sua beleza e atrai muitas fêmeas da sua espécie. Pode desenvolver fobia às grandes multidões histéricas. “

“Cruzes… Que horror. ” Rose disse.

“Eles não tão bonitos quanto eu pensei que fossem… ” Concluiu a sereiazinha. Mas queria vê-los de perto.

Então, decidiu que iria até a superfície à noite, contrariando a lei que o seu pai impusera: “Todas as sereias, especialmente AriBells, devem ficar longe da superfície e dos humanos, principalmente os de sexo masculino que possuem grandes topetes bronze e hormônios aflorando.”

“Por mim você vai… ” Rose, a peixinha disse, com descaso. “Agora, se um humano horroroso resolver te devorar ou fizer de sushi, o problema é seu”.

“Ah, Rose, não seja mal humorada. Venha comigo, vamos ver Alice. ” AriBells pediu.

“Aquela gaivota alucinada? Mais parece uma gralha, não cala a boca… Prefiro ficar por aqui… “

“Então fique… Aproveite e faça companhia ao Golfinho Seth”.

Rose viu aquela criaturinha jovem e feliz que estava atrás das duas.

“Ai Rose, que bom, vamos ser melhores amigos para todo o sempre. Podemos dar cambalhotas na água, procurar plânctons para o lanche, trocar depoimentos no Orkut. Eu posso até te apresentar aos meus amigos… Tem um peixe-cão que você iria adorar, o nome dele é Jac…”

“Pensando melhor, eu vou com você. ” A peixinha saiu em disparada atrás da sereia. Alegria em excesso deixava-a enojada.

Na pedra de sempre, estava sentada a gaivota Alice.

“Por que vocês demoraram tanto. Estava esperando vocês há horas. É claro que eu sabia que vocês estavam vindo me ver, porque eu sei tudo, né? E posso até me atrever a dizer que eu sei porque vieram aqui e tudo o que vão me perguntar, afinal…” a gaivota disparou a falar.

“PÁRA DE FALAR!!!.” Rose gritou. “Caramba, como é que você não engasga na própria saliva? Eu não tenho tanta sorte… “

“Então, Alice, alguma novidade?” AriBells tentou melhorar o clima de tensão.

“As de sempre. Mas é uma boa hora para investir em ações e no mercado imobiliário, que está em alta em Oz. Ouvi dizer que está chovendo casas por lá. A Dorothy, de Kansas, saiu voando pra lá. ” Ela disse. “Não estão interessadas?”

“Você é uma gaivota ou uma mula?” Rose perguntou. “Não vê que não podemos sair da água?”

“Por falar nisso, eu queria perguntar algo a você… Você já viu um humano?” AriBells perguntou rapidamente.

“Você quer dizer, aquelas coisas que andam em duas pernas? Sim… Os vejo todos os dias.”

“Onde?”

“Sua bobinha desatenta. É só olhar para frente. “

AriBells viu uma grande construção branca à beira do lago e ficou encantada com a imensidão da casa com grandes janelas de vidro.

“É claro que esta espécie é um pouco diferente dos humanos normais. Atrevo-me a dizer que não são exatamente hu…” a gaivota disparou a falar de novo.

“Shh… Só um instante, Alice.” AriBells pediu silêncio.

De dentro da casa, uma linda melodia atingiu os ouvidos da Pequena Sereia e essa se sentiu inspirada para cantar. As sereias eram conhecidas por suas vozes de anjo e por encantarem os humanos com elas. . . .

É claro que AriBells era uma exceção. Quando ela entoou uma nota alta, uma das janelas se quebrou e mãos pesaram sobre o piano.

“Que diabos…?” O pianista disse, colocando a cabeça para fora de casa. AriBells pôde ver o grande topete bronze do garoto e ficou encantada.

“Como ele é lindo. ” Pensou ela. “Qual será o nome dele”?

“Edward… ” A gaivota disse.

“Como sabe?” AriBells perguntou.

“Eu sei de tudo…” Disse Alice, sabichona. “Além do mais, está escrito na caixa de correios dele, vê? Edward Cullen. “

“Não imaginei que os humanos eram tão bonitos. ” AriBells suspirou.

“Pois eu o achei muito feio… ” Rose disse, mas ambas ignoraram seu mau humor.

Mas algo havia acontecido. O cheiro da Pequena Sereia havia atraído o humano para a margem do lago.

“Quem está aí?” Ele gritou. “Sinto cheiro de flores. “”

- Cheiro de flores? Dentro de um lago? – Renesmee olhou-me, franzindo sua pequena testa.

- Você quer que sua mãe cheire a peixe? Algas? Eu não acho isso atraente… E com certeza seu pai também não acharia. – conclui. Eca, cheiro de peixe era quase tão ruim quanto o cheiro do Cachorro. – E quer parar de falar, me interrompendo? Mas que mania! Então…

“Edward estava parado na margem do grande lago de Forks, sentindo cheiro de FLORES que vinha de AriBells.

“Quem está aí? Eu ouvi um gato sendo torturado. ” Ele disse, referindo-se ao canto “harmonioso” da pequena sereiazinha.

“Sou eu. ” Ela respondeu.

“E quem é você? A neblina não me deixa vê-la. ” Ele quis saber.

“Sou A-Aaaaaaaaa” ela disse, assustando-se com o enorme navio que apareceu… “” eu disse, mas de repente um pensamento que não era meu me veio à cabeça. E como esse navio foi parar em um lago? Quando olhei para baixo, vi a mãozinha estendida da minha sobrinha tocando o meu braço. Ela usou seu talentozinho para me interromper.

- O que foi? Você disse “E quer parar de falar, me interrompendo?”… Não estou falando, estou pensando. E penso que é geograficamente improvável um navio ter acesso ao lago…

- Era o navio do Capitão Gancho, aquele que voa, sabe? O capitão desse navio pediu emprestado, pois o dele estava na manutenção. – eu inventei.

- E quem era o capitão desse navio? – ela perguntou.

- O capitão mais temido, mais destemido e mais bonito que já houve em todos os vinte…

- Sete… – ela me corrigiu.

- Sete Mares!

- Barba Negra? – ela me perguntou.

- Não.

“ “Quem é você?” Edward perguntou mais uma vez.

“Refere-se a mim ou a garota com rabo de peixe que está ali embaixo?” ele apontou para a AriBells.

“Ele é Ja…” Alice começou a dizer, mas o Capitão concluiu.

“É Capitão Jammet Sparrow, criaturinha falante e sabichona do mar. ” ele disse, revirando os olhos. “Soube que por esta região há um grande monstro mal humorado que perturba a paz de todos… “

“Não, não… De mal humorada aqui só temos a Rose… Ouch ” AriBells disse, levando uma nadadeirada da peixinha.

“Aproveite a água do lago e lave sua boca pra falar de mim. ” a peixinha disse.

“Ah. Aqui não é o lago Ness, na Escócia? ” Ele perguntou.

“Não… Ness talvez no final da história, se os protagonistas ficarem juntos” a gaivota falou ao pirata.

“Ô gralha, sem spoiler, por favor. Eu não li o último livro ainda… ” Rose disse à gaivota.

“Hum… Então, eu volto outra hora. ” Ele disse, saindo de cena. Todos ficaram boquiabertos com a figura excêntrica, porém bela e musculosa que surgiu.

Quando viu que o Edward a olhava com curiosidade, distante na margem, as bochechas da sereia ficaram vermelhas de vergonha. Ela mergulhou na profundidade do lago e sumiu de vista. Rose, nadando logo atrás, a seguiu até que ela parou bruscamente.

“Tá doida, menina? Sai nadando assim, sem avisar, me deixando com aquela maluca?” Rose disse. “Pelo menos voltou pra cá. Não volto mais à superfície, terrinha de gente doida”.

“Tenho que arranjar algum jeito de ir a terra firme”. Ela disse, para o espanto do peixinho. “Agora, vejamos… Quem deve saber uma maneira de eu conseguir ir até lá?” A peixinha olhou incrédula para a sereia.

“Olha… Aquele peixe palhaço deve saber alguma coisa, mas eu acho que não…”

“Obrigada Rose” ela disse, nadando em direção ao território sombrio do lago. Rose, contra a sua vontade, foi também.

No meio do caminho, elas pararam para pedir informações. Encontraram uma bizarra criatura com dentes afiados e de pele de coloração esquisita e porosa… “”

- O que Aro estava fazendo no fundo do lago? – Nessie perguntou.

- E quem falou em Aro? – eu disse, enquanto um frio corria na minha espinha. Morro de medo dos Volturi, em particular daquela criaturinha pequena e loira, a Jane. Poucos sabem, com exceção da Rose, mas o real motivo de Alec ter nos atacado com aquela “fumacinha” quando teve aqui foi porque eu abaixei as calças e mostrei, sacudindo, meu bumbum, seguro de que o campo de força de Bella iria nos proteger. – Não, sem ligação com os Volturi.

“ “Olá amiguinhas, hehehehehehehe” A criatura sorriu para AriBells e Rose. “Eu sou o Bob Esponja. Venham ser minhas amigas e vamos caçar água viva.”

“Er… Desculpe, mas preciso achar o peixe palhaço. Sabe onde posso encontrá-lo?”

“Você pode vir pela manhã, eu trabalho no Siri Cascudo. Lá serve um ótimo hambúrguer, e tem o Lula Molusco… “

“Olha, eu realmente preciso ir, sabe, é que eu preciso…” ela tentou gentilmente interromper.

“E podemos fazer campeonatos de bola de sabão…”

“CARAMBA, mas será que você não percebe que estamos com pressa? Que coisa mais chata. Não é a toa que é quadrado e ninguém quer ser seu amigo. Você não devia morar num abacaxi. VOCÊ É UM ABACAXI.” Rose disse, vendo os olhos da pequena esponja se encherem de lágrimas. “E me poupe de suas lágrimas. Eu quero saber onde encontro o peixe palhaço. E se dê por agradecido, se não eu rumo a minha nadadeira em sua cara e separo mais ainda esses dentes feios. “

“Naquela anêmona ali” Bob apontou, fungando. “O nome dele é Jasper… “

AriBells olhou intrigado para Rose. “Sabe, você podia ser um pouco mais amável com os outros. “

“Não me irrite não, que a nadadeirada vale pra você também. Vamos ver logo esse peixe palhaço. ” Ela disse, nadando na frente.

Ao chegarem à anêmona, elas chamaram o peixe palhaço.

“Que-quem está aí?”

“Somos AriBells e Rose. Viemos perguntar se sabe alguma maneira de ir a terra firme?” a sereia perguntou. Silêncio. “Alô? Jasper? Você pode sair?”

“Não… ” ele disse, apenas colocando sua cabeça para o lado de fora, olhando de maneira assustada para as duas. “Estão me seguindo” ele disse.

“Deixe de presepada. Essa novela já acabou. ” Rose disse a ele. “Eu só quero uma informação. Por mim, pode ficar aí dentro, nem quero ver sua cara. Só quero saber como é que eu posso fazer esta criatura insuportável aqui ir a terra firme pra ver se ela desencalha e me deixa em paz. “

“Vão até a caverna da Bruxa do Mar. Ela saberá o que fazer… Mas não diga a ela que eu mandei vocês. Tenho medo dela. “

“Aproveite e quando estiver em Oz, vá ver o mago” Rose disse à AriBells enquanto se afastavam da anêmona. “Peça um pouco de coragem a esta criatura. “

AriBells cogitou a idéia de pedir um coração para a sua amiguinha também, mas ficou com medo da nadadeirada. Então elas seguiram até a caverna da Bruxa do Mar.

“Alô? Bruxa do Mar?” AriBells gritou, mas ninguém respondeu. “Será que não tem ninguém em casa?”

“Aparentemente não… Ou ela sabia que você estava vindo e se escondeu… Vamos acabar logo com isso. ” A peixinha logo entrou e pegou um frasco que continha uma pequena poção. “Aqui diz: Aquele que entrar em contato com a poção se tornará humano por cinco horas. Caso queira permanecer humano você deverá beijar um antes do prazo. Contra indicações: Caso passe às cinco horas e você não beijar o humano, algo terrível acontecerá. Em casos de vampiros, lobos ou outras criaturas mitológicas, consulte o seu médico. “

AriBells abriu o frasco.

“Cuidado com esse negócio para não cair em mi…” a peixinha disse, mas já era tarde demais. AriBells, atrapalhada, deixou cair o frasco, derramando a poção e entrando em contato com as duas.

Rapidamente, Rose ganhou pulmões e seu corpo se transformou em uma linda humana de longos cabelos dourados. AriBells, por sua vez, criou pernas ao invés da longa cauda de peixe. Rapidamente elas nadaram até a superfície.

“Você está bem?” Rose perguntou ofegante.

“Sim… Puxa Rose, que consideração… Esse corpo está fazendo bem a você” AriBells disse, enquanto nadavam até a margem.

“Bem uma ova… Eu só queria saber se está bem, pois agora eu vou te matar. Olhe pra mim, eu virei uma humana… HUMANA. Comedora de peixe e adoradora de cães… Que nojo!”

“Deixe de bobagem, Rose. Você está linda. ” AriBells disse, tentando ficar em pé em terra firme, mas caia toda vez que tentava. “Esse negócio de andar é mais difícil do que eu pensava. Como está se saindo Rose? Rose?”

Olhando o seu reflexo na água, Rose viu a linda criatura que se refletia. Permaneceu vinte minutos contemplando a figura dourada que estava ali. Estava tão encantada que se jogou para tentar alcançá-la, mas começou a afundar e a se afogar.

“Rose!” AriBells gritou. “Socorro, minha amiga está se afogando. “

De repente, três figuras saíram da casa. Uma delicada criatura de cabelos caramelos, o pianista de cabelo bronze e uma figura alta de cabelos loiros. Rose estava inconsciente quando a figura loira havia se atirado na água para salvá-la.

“Só há uma coisa a fazer. ” A figura loira chamada Carlisle disse. “Edward, me ajude aqui”.

“Agora não, Carlisle.” Edward disse, contemplando a menina à beira do lago. Ela tinha o cheiro de flores que ele tanto havia gostado e era desastrada ao ponto de não conseguir se equilibrar em suas pernas.

Então, Carlisle mordeu a garota, transformando-a instantaneamente em vampira”.”

- Pensei que o processo durava três dias. – Nessie me interrompeu novamente. Será que Edward ficaria zangado se eu amarrasse e amordaçasse esta criança?

- Não dispomos de três dias, Nessie. – eu justifiquei. – E, por favor, NÃO INTERROMPA MAIS O TITIO!

“Então o pai de Edward transformou Rose em vampira. Quando viu no que tinha se transformado, a garota deu um chilique.

“Seu imbeciiiiiiiiiil. Energúmeno. Eu lá queria virar vampira? Eu te pedi alguma coisa? Infeliz!”

Atraído pela gritaria, Capitão Jammett Sparrow veio ao encontro da criatura mal humorada. “Eu naveguei os vinte… “

“Sete. ” a delicada criatura de cabelos caramelos corrigiu.

“Sete mares atrás de uma criatura tão bela e mal humorada. Você não sabe o quanto eu esperei por você. “

“Cara… ” Edward se manifestou. “Essa fala é minha. Eu ia usá-la daqui a pouco. “

“Mas quando você fala soa tão clichê. Ao invés disso, vá arranjar uma roupa para a menina humana que está usando esse biquíni de conchinhas. “

“O meu nu te incomoda?” AriBells perguntou.

“Bom… A mim, um pouco. ” Edward confessou. “Não acho prudente. Devíamos esperar até depois do nosso casamento. “

“Mas eu preciso que você me beije em vinte minutos, se não o prazo vai acabar e eu voltarei a ser sereia. “

“Só depois do casamento. ” Edward disse. “Enquanto isso, por que não vamos nadar com os golfinhos, escalar as montanhas, tocar piano?”

AriBells olhou incrédula para Edward. “Não. Você não sabe o quanto EU esperei por você. “

“Querem parar com isso? Essa fala é minha!” Edward se irritou. “Agora eu não vou beijá-la e ponto. “

AriBells não se conteve, derrubando o pobre Edward no chão, segurando o seu rosto e dando um beijo. De repente, sua pele ficou pálida e seus olhos dourados.

“Viu só o que você fez?” Edward exclamou. “Não é assim que a banda toca… Eu tinha que compor uma música, fazer você se apaixonar por mim, fazer doce quando você tentasse me agarrar à força, aí sim você deveria se transformar em vampira. “

Então, extremamente irritado, mas vendo que não tinha saída, o vampiro Edward casou-se com AriBells, assim como o belíssimo capitão casou com a linda e mal humorada vampira. Depois que se acostumou com a idéia, Edward viu que não foi tão ruim assim e eles viveram felizes para todo o sempre. E fim”.

Olhei a criaturinha adormecida na caminha. Mas será?

- Eu não acredito que Renesmee dormiu de novo. – eu saí bufando do quarto, não reparando que tinha companhia.

- Mas é claro. São histórias para ninar… – Rose disse, chegando de fininho.

- Ursinha! Você chegou! – eu disse, dando um grande abraço de urso em Rose.

- Sim, resolvi fazer uma surpresa e chegar mais cedo. Nós podíamos alugar um filme ou alguma coisa assim. – ela disse, abrindo a porta do nosso quarto. – Mas que diabos…?

Oh-oh.

Eu esqueci meus desenhos espalhados no quarto. Sabem, eu sou muito fã da série Lost e resolvi tentar fazer um final alternativo, descobrindo que Rose era o monstro da ilha. Aparentemente a minha ursinha não gostou do desenho que eu fiz dela.

- EMMETT! – ela gritou com o grande cartaz na mão.

- Ah, ursinha. Cadê o seu amor à arte? – eu quis saber.

- Amor à arte? Este lixo? Por favor, Emmett, você me desenhou com quatro braços, antenas e VERDE!

- Verde fica tão lindo com seu tom de pele, amoreco! – eu tentei justificar.

- Isto está ridículo! – ela gritou.

- Você acha que a esposa de Van Gogh tentou impedi-lo? Não, ele o estimulava.

- Quer estímulo? Eu vou te dar um estímulo. – ela perguntou, se aproximando.

Não lembro exatamente como foi que Rose se descobriu uma artista. Os outros adoraram sua pintura e sua escultura, mas sinceramente eu não gostei tanto assim. Sabem, ela levou essa idéia de Van Gogh muito a sério, então ela pintou um retrato meu e arrancou a minha orelha para colar nele.

O que ela fez com o resto?

Fez sua própria versão de Davi, do Michelangelo, misturada com a Vênus de Milo.

Então cá estou eu, nu na sala com apenas uma folha de videira cobrindo as minhas vergonhas e sem meus braços. Ainda bem, pois eles estão escrevendo para vocês.

Assim que Rose acabar com isso tudo, contarei mais historinhas.

Com muito amor, músculos e vergonha por estar quase nu (e sim, o nu alheio ainda incomoda Bella) no meio da sala,
Tio Emmett.

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