segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Carlos Emílio Corrêa Lima (A Catedral)

Com a tinta vermelha do sangue dos que se foram, escrevo este manuscrito. Para narrar as terríveis coisas que estão acontecendo, nenhuma tinta servirá a não ser esta. Minha revolta e meu desespero aqui estão simbolizados. E também minha determinação. Retiro o sangue de corpos caídos nas calçadas, nos últimos parques, em todos os lugares dessa cidade devastada. Ele vem fresco, ainda líquido, soando no metal do balde. As frases correm soltas, cada vez há mais sangue. Além desse balde carrego sempre comigo uma seringa que serve para uso nos cadáveres sem ferimentos a bala. Tenho ainda mais simpatia por esses, eles se parecem comigo. Um dia uma família inteira forneceu-me sangue. Cortei as cordas e eles despencaram do galho sobre a grama, um a um. Uma suave brisa e os corpos dos avós, de seus filhos e dos netos imóveis sob a sombra do baobá, do único baobá plantado em Fortaleza nesses dois séculos. Um grande silêncio como se um novo sol estivesse para nascer inundou o parque. De alguma forma, nessas palavras seu passado e sua essência estão contidos. Transpira. Somos essas palavras, dizem eles, e a brisa continua a soprar. Ontem a única seringa que eu ainda possuía quebrou-se quando galguei um muro. Vi-me obrigado a invadir um hospital para roubar todo um novo estoque, para os dias que ainda restam. É interminável. Os hospitais estão paralisados. As pessoas morrem nas ruas sem serem atendidas, sem serem socorridas por ninguém. Nem mesmo eu as socorro. Já não há mais transfusão de sangue, o sangue não corre nas veias. O sangue flui em todas essas páginas. Há hemorragia contínua. Há perda de vida, mas o que estava em nós não pode ser definitivamente perdido. Temos que escrever a história da vida. Todos esses milhões de anos de vida não podem se derramar desse modo. É preciso uma caligrafia. Completar o ciclo. As pessoas estavam sendo mortas em plena rua, a cada instante. Tudo era triste, mas a escrita precisava continuar. Já não durmo há muitíssimo tempo. Escapei dos tiroteios, das bombas e meu nome ainda não foi afixado nos bancos, no tronco das árvores. Escapei de tudo, mas não escapei da morte. Um dia qualquer eles invadirão a casa e me metralharão. Aí a civilização se extinguirá, soprarão e apagarão a chama do universo. Sinto fome, sinto frio e a casa está aberta aos ladrões e saqueadores que procuram sobreviver de qualquer maneira, exatamente como eu. Eles entram e eu aponto o que há de mais valioso para levar. Dessa maneira não sou molestado por eles e nem interrompo o texto de todos nós. Faz trinta anos. Ainda existia o aeroporto, os holofotes ainda giravam seus feixes de luz na redoma estrelada das noites de verão, ainda se projetavam filmes no cinema principal, a biblioteca pública era frequentada, dançava-se. Faz trinta anos e como é distante, longo como o fio de sangue que escorria do corpo da velha e gorda escritora que uma vez dera uma conferência sobre Rocha Pombo e com a qual estou escrevendo essa carta para os cosmos. Valioso, remoto e envelhecido líquido do mistério, que tem em si o segredo dos minérios e a história química da vegetação, linfa do labirinto, fluindo do livro da Terra quando a cidade está gelada os mendigos morrem debaixo dos viadutos, enregelados, se petrificam ou então são mortos pela polícia ao amanhecer, quando poderiam estar despertando pela última vez. E eu, um derradeiro, a armazenar-te como tinta, a escrever o que acontecerá!, o que de fato aconteceu. Misturo todos os sangues num tanque que tenho no quintal e que já serviu de morada para uma imensa tartaruga que devolvi há muitos anos ao mar. Devo realmente parecer um vampiro, tal a minha magreza, o estado lamentável a que ficaram reduzidas minhas roupas. A água dos mortos em minha cisterna. Ali, entre as árvores do quintal, debaixo do grande coqueiro fazia tanto silêncio, tanto, meu Deus, quanto pavor! O vento é forte. Os tanques de guerra fazem estrondar as ruas, as louças tremem na cristaleira (as poucas que restam), as vidraças se partem. São mastodontes. Misturo todos os sangues aqui. Reservo, preservo. É bom. Talvez mais um pouco de tempo, mais um pouco de dor, de páginas escritas com a água dos mortos de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, o remoto forte pulverizado entre as dunas, talvez só mais um pouco de tempo. O primeiro, os arquitetos sempre imaginaram, sempre preservaram os segredos. A cidade foi imaginada pelas gerações, planificada. Ninguém sabe como, mas a cidade é a representação do nosso percurso quadrangular da história. A cidade, se traçado, oculta os segredos, as botijas, as misérias, os medos acumulados. Olhássemos para o mapa da cidade e veríamos a representação simbólica de nosso código genético, veríamos o que sentimos ao pôr-do-sol quando a criança chora, e o velho a retira como fizera com a tartaruga milenar numa praia rochosa e de escarpas cheias de rumor, numa noite estrelada de aparições e propícia e rituais. O velho ri, morre de rir, rola na areia, suja-se todo, gritando que o cometa vem, o cometa vem, e ele morre de procurar, morre de caminhar espavorido. O velho é a foz, o extremo, a transbordar, dois dias atrás, quando eu retirava mais tinta de escrever do corpo de um estudante baleado no estômago ao distribuir panfletos... o estudante também estava louco, todos estavam, a  represas rompiam-se, o mar era ouvido na boca das grutas lá no sertão, as águas ecoavam como no início do mundo, o cometa mais uma vez, lentamente, aproxima-se atraído pelo som do órgão tocado, pacientemente, na catedral e da água escorrendo das torneiras esquecidas, abertas para sempre, inundando as pias, os banheiros, as casas desabitadas, o estudante repetia um gesto já codificado, a matriz de um balé na memória, na minha e na dos que atiraram, em todas, que se diluem, que se juntam, que se fundem nesse oceano, nessa amplificação, nesse plasma, oh estamos no sol, no sol vermelho, oh eles quase me acertaram. Pensei que eles não voltariam a atacar naquela área, já a haviam limpado bastante foi o meu erro. Eles voltaram e eu era o único que ali ainda desobedecia ao toque de recolher lendo distraído o texto datilografado que acusava as autoridades locais de não terem resistido aos invasores. Um texto datilografado, isso me surpreendeu, lágrimas afloraram dos meus olhos. Talvez a máquina de escrever estivesse escondida debaixo da terra, no túmulo dos avós desse rapaz, no único local ainda um tanto indevassável, num desses cemitérios invadidos pelo mato, abandonados, de túmulos rachados, em cidadezinhas extintas, em final, repetidas na retenção do Distante. Eu via a silhueta do homem o crepúsculo entre os túmulos ligeiramente encurvado, tendo a máquina de escrever ao nível do umbigo, entre as mãos, pousada sobre o mármore gasto, no meio de uma região pedregosa, tanta força, ouvimos o bater nas teclas, o bater seco, que vai até ao amanhecer, o que estamos ouvindo são os tiros, o que eu ouvi foram os tiros, os tiros, os tiros à medida que trrrammmm eu começava a correr sentindo os músculos, correndo velozmente para a origem, para os primeiros dias, tendo ao alcance das mãos os objetos dourados. Mergulhei entre as ondas. A água cobriu-me todo. Sentia todo o meu corpo. Aos sessenta anos podia correr como um menino, o menino da floresta, quando havia a floresta e o texto não havia terminado de ser escrito. Ah, voltando do adiante onde eu quase havia podido ir, encharcado, sem o balde, sem a seringa, sentindo cansaço de milênios, deitei o rosto sobre a areia dourada e adormeci. A vida era um amplo templo, e o órgão não cessava de vibrar, de alimentar nosso sono. Eu caminhava sob a abóbada da grande catedral, da gótica, da híbrida, da majestosa catedral que, pouco a pouco, no pausado aprofundamento dos passos deixava de ser uma incógnita, tão ampla, as portas estavam abertas. (Via-se entre névoas, na praça em frente, a estátua de Pedro II semidestruída.) A catedral nos protege dos dinossauros. Desde muito longe um sonâmbulo caminhando e escrevendo na areia com um galho de árvore o que agora estou escrevendo, que antes bem aqui era mar. As águas baixaram de nível e a cidade foi sendo construída e sobre o local onde era mar começaram a cavar os alicerces da catedral. Antes não era batida de coração, respiração, ruídos pré-históricos de tanques de guerra e de aviões a jato. Vou escrevendo o que devo ter registrado sobre a areia da praia, com um supremo esforço, sobre o papel, com todo o passado sobre a areia, que o milagre acontecerá, sim, o milagre acontecerá. Sim, isso eu sei, eu e o padre que toca o órgão, essa melodia que se estende pela cidade como uma nuvem. A mais grandiloquente profecia. O pterodáctilo, o réptil voador, que partiu de uma fenda de Jericoacoara e seguiu sobrevoando o litoral até Fortaleza está pousando sobre a cúpula da catedral. O milagre acontecerá. O pterodáctilo pairou sobre a cidade, sua sombra imobilizou todos os afazeres públicos, dias antes da invasão quando os loucos gritavam a todos os ventos que o ataque iria começar. O pterodáctilo foi recebido com vaias, com aplausos, tão gigantesco, sobrevoou a cidade por toda a semana, era domingo, os vagabundos e os loucos ao sol vermelho, tudo era isso que aí está, nós o recebíamos assim, nossa última visão. A suprema alegria do poente. O anjo salvador. Riam e se abraçavam, todos. Bom final, o máximo que se poderia esperar antes da invasão e de trinta anos de caos. Todos bêbados e eu a escrever agora a história desse mundo pesado, desse mundo onde o sofrimento é a seiva. O sofrimento era o primeiro pântano, a descarga elétrica, foi quando eu nasci. Tudo se acionou. As páginas da floresta contam a história imensa em meio aos jogos e brincadeiras que se aprofundam e se elevam no tempo. Infância. Estávamos todos lá, na floresta e vimos, trinta anos depois o pterodáctilo desenhar o ir e vir por um teclado num volteio no céu, pousar na cúpula da catedral e depois de sete dias, com um elétrico grasnido que nos arrepiou até a semente, partir de volta para o rochedo longínquo, o rochedo mágico de Jericoacoara. Escrevi: ela nos protege dos invasores, como em Londres, permaneceu intacta no meio dos escombros causados pelos bombardeios. Eles retornam, mas aqui era mar, o mar cobria tudo isso aqui. Sobre o antigo terreno marinho o arquiteto, por ordens da arquidiocese começou a construir a catedral. Trinta anos de construção e ela ainda não pôde ser concluída. Preciso fugir das volantes, pular os muros, essa vida interminável que temos que preservar, precisa. Ela nos protege. Sempre sonhamos com ela. Todos os que ainda estão vivos em Fortaleza sonham, na escala das noites que se sucedem, com a catedral, a completam lentamente por esses dias de ruína. A torre esquerda será tão alta quanto a da direita. Ela nos dará apoio, gerará energias. Esperem, parece que Martim começou a tocar o prefixo. Gerará energias, é uma espiral de luz que absorvemos pelos poros. A música ecoa, em meio aos tiros, aos ruídos mecânicos, aos gritos, ela ecoa. A música que sempre quisemos ouvir, ouço-a por entre os galhos das árvores. Ouço-a, há um coro como o som das águas das ondas do mar, cantando e ouvindo, escoando. Misturei todos os sangues e a tinta escureceu, minha caligrafia está quase negra. Forma-se um novo ser. O milagre acontecerá. Não segurei junto com os outros porque minha função será registrá-lo. Devo ser a única testemunha. Eu, junto com os mortos, instrumento dos mortos a continuar escrevendo. Os sobreviventes não estão interessados em comunicar ao silêncio aquilo de que participam integralmente. Correm mães com seus filhos, correm os últimos jovens, escapando das balas, da matança desorganizada. Ouço seres passando velozmente debaixo de minha janela. E é por ela que diviso a catedral. Os que estavam nas fendas, os que se escondiam debaixo dos carros, nos cinemas paralisados, em fazendas distantes e profundas, os que sepultavam seus entes queridos debaixo das árvores em silêncio e com o mais completo cuidado para não mais molestar a terra e que já não aguentavam mais a noite eterna, ocultos que estavam nas matas das serras, dirigem-se em procissão apressada para o centro de irradiação daquela música magnética. Ah, essa é a minha solidão, possuir todo o meu tempo. Muitos anos atrás eu já havia pressentido o que iria acontecer. Avisara a todos os meus amigos, dissera aos meus filhos, à minha mulher, que se preparassem, que depois da velhice tudo seria novo, que ondas irresistíveis batiam, batiam e me avisavam. Foram baleados. Dalva morreu lendo. Estava no jardinzinho, na pequena área cheia de plantas que reservamos para a leitura. O helicóptero voava à baixa altitude, quase rente ao telhado e de lá dispararam. Ela lia as provas de meu novo romance e sei em que frase foi golpeada. Seus últimos pensamentos foram minhas palavras “e se algum dia te encontrares com a catedral, entra pelos vitrais, como luz, como irradiação e te assombres, ainda não estarei ali na viagem através do universo”... Tudo tão calmo apesar de aparência de brutalidade, de Dalva nem haver podido concluir o arco da respiração que seguia com a frase até o ponto. Meus filhos viram tudo, saíram correndo pela rua aos gritos chamando meu nome dizendo em meio ao choro, às rajadas e à inquietação, eu sei, mundo, velho mundo, cidades plantadas sobre a Terra, socorrei-nos, amparai-nos, os apitos, as buzinas, os motores do mundo, pai, amparai-nos, toda a construção, o ir adiante, socorrei-nos, pisando a Terra e a linguagem não é descoberta. Vendo a catedral pela janela sinto no peito a sensação dessa distância infinita, meus filhos longínquos. Não pude responder aos seus gritos. Ela estava morta, precisamente ela. Meus filhos tatearam formas estranhas, desconhecidas, sentiram gostos inéditos e se dissolveram no horizonte. É com muito sangue, com toda a amargura que eu continuo esse texto. Eu não quero morrer. Frase infantil e lapidar, devia ser esculpida em todos os túmulos inscrita numa circunferência. Só Adolf Rockfeller não pensa em morrer. Lá de Nova York, em uma das ilhas secretas, ele mexe com seus computadores, controlando a marcha do morticínio, traçando sobre o planisfério em sua imensa mesa as curvas e espirais da marcha de seus exércitos pela Terra: a rosa geométrica da destruição. Controlando o caos. Ao estudante morto resistiu. Os da resistência que não obedeceram à ordem do interventor de se manterem em suas casas para sempre (ele sempre em seu palácio assistindo à matança pela televisão e diante dos gráficos estatísticos da fome total também será baleado) resistiram e de seu sangue traço o panorama. A Terra está sendo rapidamente aniquilada. Nessa pequena parte do universo há três acontecimentos que se relacionam e que são os mais importantes.

O padre-arquiteto continua a tocar o órgão. É o ponto máximo da morte. Alta madrugada. Como espectros as pessoas entram na catedral. Há um clima de maresia, um cheiro de mariscos, de peixe, como nos sonhos. Sobre os barcos, os longuíssimos bancos de areia, há algas, caramujos. Toda a sorte de flora e de fauna marinha pende das paredes. O castiçal de prata que se avista, resplandecendo, logo da entrada, deve estar embebido de plâncton. Há um polvo no sacrário, em meio ao ouro faiscante. Minúsculos peixes nadam em água salgada, que substitui o vinho, nos cálices sobre a mesa do altar. O piso é de areia úmida, como se a maré naquele momento estivesse baixa, forma-se uma estranha sintaxe em nossas frases, há pedras e recifes, o mar vem vindo. As pessoas, depois de todo o sofrimento, pisam sobre o leito do mar. Mas há gatos, que pulam sobre o altar, derrubando a toalha branca com os cálices e o missal. Há um calor abrasante, um estremecimento que aumenta de intensidade. Todos estão ali. Cantam mas estão cheios de pavor ante o desconhecido. É o mar, é o mar que se aproxima. Nada pior do que as prisões, nada pior do que os hospícios, nada pior do que as escolas, nada pior do que a matança generalizada. Um som de cachoeira de areia invade o amplo espaço à medida que a luminosidade aumenta. O padre-arquiteto, o organista que durante todos os dias da invasão permaneceu ininterruptamente a tocar, o mesmo que batizou minha primeira filha e a quem eu salvei de uma doença considerada incurável, quando enfim ele bebeu água pura e nós dois nos regozijamos e começamos, depois de sua cura, a realizar nosso projeto secreto... Ah! Martim, sem dizer uma palavra, seguiu até o centro do altar. Entre a pressão dos dedos sobre as teclas e o som ecoar, transcorria um tempo interminável. O pensamento é um ímã. Quando ele subiu ao altar e abriu os braços diante de todos os fugitivos que ali estavam, a baleia-mãe rompeu a crosta. Da Terra. Ali estava ela, no interior da grande nave. O som aumentou. Era o fim do começo. O acorde que Martim fizera minutos atrás soou por todo o espaço. E a catedral, as paredes de pedra estremecendo, com todos os sobreviventes da desgraça humana reunidos em seu interior, elevou-se, sem desestruturar-se, iniciando sua viagem pelo universo. As crianças, que eram mais ágeis, que encaravam aquilo tudo com a mesma naturalidade de antes do texto haver começado, subiram as escadas da torre do sino que estava sendo tangido por um símio sorridente e fora para o terraço, no telhado, admirar do alto da abóbada a Terra se afastando, e as estrelas, cada vez mais as estrelas, perdendo lentamente a audição. Tal a repercussão e o deslumbramento. A pena começa a falhar e a chiar sobre o papel como uma agulha num disco arranhado. Devo levantar-me de minha escrivaninha porque irei desempenhar uma segunda missão, que mantive em segredo até agora. Há uma razão para eu não haver utilizado meu sangue nesta carta. Devo partir. Há um avião no aeroporto vazio, um bimotor antiquado mas ainda em boa forma, que escondi no hangar mais abandonado (tudo cessou, o aeroporto às escuras, bois pastando na pista, espectros horrendos de aviadores mortos da guerra infestando o local, os soldados ceifados nas ruas vitimados por um gás cósmico lançado pela catedral ao iniciar sua ascensão), um avião que irei pilotar solitário sobre o Oceano Atlântico durante a madrugada e de cuja cabina vislumbrarei a catedral radiante seguindo sobre o mar cada vez mais afastando-se do sol já que depois do amanhecer do dia seguinte, antes que o cometa nos dissolva, devo estar nas ilhas secretas de Nova York para, com o único tiro de revólver, matar Adolf Rockfeller.

(Carlos Emílio Corrêa Lima, Ofos)

Fontes:
MACIEL, Nilto. Contistas do Ceará: D’A Quinzena ao Caos Portátil. Fortaleza/CE: Imprece, 2008.
Imagem = http://ossosiguais.blogspot.com

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