sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Paolo Ricci (1925 – 2011)

Paolo Ricci nasceu em Lucca, na Itália, em 08 de setembro de 1925 e faleceu em 08 de maio de 2011 em Belém do Pará.

Foi cronista, poeta, romancista e artista plástico de expressão internacional.

Integrou a Academia Paraense de Letras (APL) desde 21 de outubro de 1980, ocupando a cadeira de número 19.

Seus pais vieram da Itália morar em Rio Canaticu, na Ilha do Marajó, ainda na época áurea da borracha.

Graduou-se em Direito, estudando em Belém do Pará, colaborando com jornais paraenses da época como “Folha do Norte” e “A Província do Pará”.

Tendo demonstrado desde a infância forte tendência para o desenho   e desejando, ainda menino, aprender pintura, era desestimulado pelos pais que consideravam as artes como "coisas mortas", sem utilidade prática. Em novembro de 1950 recebeu sua primeira aula de pintura realizando um "d'aprés" no salão onde expunha, em Belém, o artista    holandês Wín Wan Dijck. Incentivado a continuar, prosseguiu auto didaticamente quando, em 1951. pintando a nave da Catedral de Belém, foi visto pelo grande interiorista Leonidas Monte, cearense radicado e ativo em Belém, daí em diante tornando-se amigo e discípulo desse artista. A partir desse ano também passou a contar com a orientação critica de Frederico Barata, com quem viria a trabalhar em "A Província do Pará", reinstalada pelos "Diários  Associados".

Em 1966, a convite do Governo dos E.E.U.U. de setembro a novembro visitou artistas. Academias. Museus, Universidades e Galerias de Arte em Washington. Filadélfia, Nova Iorque, Chicago, Búfalo, Oakland, São Francisco e Los Angeles, polemizando e discutindo problemas da arte contemporânea, confirmando o que escrevera Mário Cravo Jr. a seu respeito: "polêmico, preocupado basicamente com sua arte".

Integrou vários júris, inclusive o da Pré-Bienal de 1974, de São Paulo: foi membro de banca examinadora na Universidade Federal do Pará. proferiu inúmeras palestras sobre composição e outros temas, destacando-se a realizada em 1978, no Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro (uma sinopse sobre a História da  Pintura no Pará), por ocasião da coletiva "Artistas do Pará e Minas Gerais", na Galeria Rodrigo M.F. de Andrade, da FUNARTE,  da qual participou.

Pesquisador incansável das artes plásticas no Pará, organizou a exposição “Artistas Plásticos Paraenses do Século XIX” e o livro “As Artes Plásticas No Pará”. É citado pelo “Dicionário de Artes Plásticas” do Ministério da Educação como um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil.

Publicações
Poesia – Riso dos Insanos, 2001;
Entre o espaço e o tempo, 2003;
Revoada de anseios, 2004;
25 Madrigais de Amor e Dor, 2004.

Fontes:
Projeto Memória da Literatura do Pará
– Antologia da Academia Paraense de Letras. Poesia & Prosa. Belém/PA: Cultural CEJUP, 1987.

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