sábado, 22 de março de 2014

Anna Ribeiro (Cristais Poéticos)

COLETÂNEA VERSOS LIVRES

                            Vida
Na tortuosa estrada
Os sonhos ficaram ,
Na encruzilhada.

                          Tempo...
Lá no horizonte,
O sol deitou com a lua,
A rua escureceu!

                         Desilusão!
Do Amor- Perfeito
Abelha colheu mel,
Do zangão amargo fel!

                        Saudade
No embarque de ilusões!
O barquinho de papel,
Em poças d'agua...

                       Sonhos
Noite sem luar,
Ilumina meus sonhos
O vagalume no ar!

                      Inverno
Frio no amanhecer
Bem-te-vi cantando,
Vento, natureza despertando

                     Alegria
Céu anil de verão,
Andorinhas em sinfonia,
Revoando em verdes prados.

                      Ais...
Na face rugas,
sempre em ilusões,
Assim padeceu o Ancião

ALÉM...

Das palavras trancadas
Sinto-me na contramão
No silêncio desta ponte
Adormecem meus sentimentos.

SAUDADES DO ONTEM

Em tempo infinito...
Anseios e sentimentos
Na pose estudada
Vidas registradas,

Olhares revelados,
De tempos decorridos
Então... mudou-se

Rumos e destinos.
Apenas no sépia
A alma resiste!

SEDE DE AMAR

Voando nas asas da lembrança
Em metáforas...
Versos e ilusões!
Nas razões do ser e do viver

Em linhas as melodias em frases.
Mesmo que em paginas amareladas,
No repassar folha por folha.
Do segredo... Ficou a saudade!

SEGREDOS

Neste poetar,
Sentimentos de um tempo.
Coração persiste!
...Se na alma ausência,

Dos versos enlaçados,
Lembranças entrelaçando solidão.
Despertando saudade!
... Não digo teu nome.

Fica no desejo...
Da boca, o beijo roubado.

ENTRELINHAS

Mesmo espaço
Gosto do agora
O tempo todo
Tudo dentro do hoje

Algo sobre
Estar
Ficar
Olhar de novo...

Descobrindo, mudanças...
Tu e eu... mesmo tempo

CAMINHOS...

Da lucidez vazia?!...
Sou como sou.
Não sou Dolores,
Na estrada da vida
Sou filha das Dores.
O que sinto!
Não conto.
O que penso!
Não Digo
Da traição...
Fingi esquecer.
Do que não soube...
Faço de conta que não entendi.
Afinal;
Dentro de minha alma...
Depende;
Como você me vê

SENTIR

                  Madrugada coração em trapos
                      Uma lágrima no cetim!
                      Céu ,lampejam as faiscas

                          Ardente tremor
                   Na vidraça olhos vidrados!
                        Desaba sentimentos

                  Raios... Claros como o sentir;

                          Da tua despedida.

ACARICIANDO A SAUDADE

Livre em pensamentos...
Já disse em outras linhas
Minha poesia ri!

Por vezes até gargalha!
...Refazendo a alma
Hoje busco silencio!

Não tenho tristeza.

Apenas agrada-me ficar na saudade.

Fonte:
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=78831

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