sábado, 22 de março de 2014

Antologia Poética do Jovem Escritor I

IZAQUE DE JESUS HUHN
8º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Dr. Waldemar Neves da Rocha

E se?

E se o clima esquenta
E se o João Inundar,
Se um furacão passear,
Ou se um terremoto agitar,
Se o canarinho não acasalar
E o São Francisco secar
Se a fome não passar,
Se a seca não cessar,
Se a garoa aumentar,
Oh, meu Deus! Enfim,
Se nada mais tiver fim
Se a natureza não mais resistir
E se entregar pro fim?
Enfim... Assim, que fim!
Confiarei em quem o regresso
Do desequilíbrio progresso?
Natureza! Que Deus esteve a abençoar,
Tem esperançoso dom de se preservar!

JOÃO VITOR ANTUNES LAGO
9º ano do Ensino Fundamental da Escola Particular Santo Agostinho

Coração verde

Que falta sinto
Daquele pedaço de terra
Onde colhia meus frutos
E que hoje se encerra.

Que falta sinto
Daquele doce aroma
Que vinha das flores
E inspirava amores.

Que falta sinto
Das límpidas águas do mar
Do verde das florestas
E dos pássaros nelas a cantar.

Que falta sinto
Das maravilhas criadas
Das belezas habitadas
Criaturas animadas.

Hoje só me resta saudade
E minha felicidade
Deságua em pranto
Nessa triste realidade.

IANDRA HANDERI
8º ano do Ensino Fundamental da Escola Particular Santo Agostinho

Natureza

Deus na sua criação,
Nos deu a natureza.
Pôs toda a sua imaginação,
Na sua obra, sua grandeza.

Um presente de amor,
Que todos vão admirar.
Paisagens com tanto esplendor,
Só Deus pôde nos dar.

A água, a terra, os rios e os oceanos,
Pedem socorro a essa realidade.
Que não destrua os seres humanos,
As matas, o solo, por maldade.

Se todos dessem sua colaboração,
Estaríamos sempre contentes.
Acabaria a poluição,
Protegendo o meio ambiente.

O Grande Criador do Universo,
Deu–nos tanta beleza.
Não sejam tão perversos,
Destruindo a mãe natureza.

LAURA MELLO DE TASSIS
6º ano do Ensino Fundamental da Escola Particular Pequeno Príncipe

Um tempo distante...

Que saudade que tenho
Dos tempos floridos,
Das águas azuis,
De mil paraísos.

Que saudade que tenho
De deitar num mar de rosas,
De olhar para o céu,
E ver borboletas glamorosas.

Vejo nuvens no céu,
Vejo peixes no mar,
Velo flores se abrindo,
Vejo o sol a brilhar.

Tudo isso em um sonho
Em que não quero acordar.
A fauna, a flor,
Um sonho colorido
Que não se realizará.

Será?

LUIZ AUGUSTO MEIRELES BRAGA
9º ano do Ensino Fundamental da Escola Particular Santo Agostinho

Súplica

Tão amados habitantes,
O choro que engoli
Não posso mais conter
Por isso escrevo esta carta.

Pedindo–lhes para que possa viver.
Criaram–me para ser sua morada
Iluminada pelo sol e lua
Não quero que minhas terras se diluam
Em meio a eterna penumbra.

Conto–lhes uma história de horror
Vejo–me em meio ao ardor
O fogo me queimou
Sou a mãe natureza
E o homem me exterminou.

Deus acaba com minha dor!
Meus filhos destroem com rancor
Um ambiente que cuidei com amor.
Suplico!
Escutem–me!
Ajudem–me a viver!

Fonte:
3a. Antologia Jovem Escritor. Academia de Letras de Teófilo Ottoni.
Participação dos estudantes do ensino fundamental, médio e superior classificados no 3º Prêmio Jovem Escritor promovido, em 2013, pela Academia de Letras de Teófilo Otoni, União Estudantil de Teófilo Otoni e o Movimento Pró Rio Todos os Santos e Mucuri.

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