sexta-feira, 28 de março de 2014

Letícia Eliote Leles (Um Novo Lugar)

LETÍCIA ELIOTE LELES
Ensino Médio da Escola Particular Santo Agostinho
Antologia Jovem Escritor de Teófilo Ottoni/MG (Crônicas: Primeiro Lugar)
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Em um dia simples como todos os outros, em um lugar na floresta, havia uma movimentação diferente, mas precisamente, tratava–se de uma reunião entre os animais que, insatisfeitos com as condições ambientais em que se encontravam, reuniram–se para lutar por melhorias.

Leão – Silêncio, mantenham a calma, sei que não nos encontramos em situação muito favorável devido às poluições que vêm acontecendo, mas não devemos perder a calma.

Os outros animais ficaram em silêncio e ouviram com calma, o que o leão tinha para dizer.

Leão – Amigos, infelizmente o ser humano se descontrolou. Ele não pára de poluir. Os rios se encontram sujos, há pouquíssimas árvores que restaram das queimadas e a floresta se encontra como um verdadeiro lixo. Ainda não sei que atitude devemos tomar, mas estou aberto à sugestões.

Coelho – Não é necessário que façamos isso, mas se mudássemos também não adiantaria já que a poluição está em todo lugar. E também, pra que mudar se esse é o nosso lar, o nosso território é esse!

Raposa – E se de alguma forma, tentássemos conscientizar o homem? Assim não passaríamos por condições tão ruins, e o homem pararia de poluir.

Coelho – E de que forma faremos isso? Lembre–se de que há uma diferença entre nós e os humanos, como nos comunicaremos com eles?

– Por placas! Disse uma voz vinda lá do fundo; era o Sr. Esquilo, um velho esquilo da floresta que tinha várias ideias e criava várias invenções.

Sr. Esquilo – Nós poderíamos fazer placas, cartazes que simbolizassem a proibição da poluição.

Coelho – E como faremos isso?

Sr. Esquilo – Vamos ao menos uma vez dar uma utilidade à poluição!

O quê? Como assim? – Os animais perguntaram.

Sr. Esquilo – Podemos utilizar folhas e papéis velhos como cartolinas, e com frutas e outras coisas da natureza faremos a “tinta”.

Com animação e disposição, os animais foram em busca do que era necessário para fazer as placas.

Acharam restos de folhas e com algumas frutas fizeram a tintura.

Quando terminaram reuniram–se novamente e colocaram o plano em ação, como não sabiam escrever, eles fizeram círculos traçados como se proibissem algo, e depois de prontas as placas, fixaram–nas nas árvores e colocaram algumas perto dos rios.

Dias depois, perceberam que o plano começou a funcionar, as pessoas não estavam jogando lixo nos rios com medo, pois não sabiam o que significavam aqueles símbolos tortos, e um dia se surpreenderam com um lenhador que, ao ver a placa retornou com seu machado sem ter cortado nenhuma árvore, diferente do que sempre fazia antes.

Visto que o plano havia ocorrido com sucesso, os animais festejaram.

O coelho chamou pelo Leão e tiveram uma conversa.

Coelho – será possível que o mundo em que vivemos hoje é tão incompreensível que até nós animais temos que lutar para conscientizar o homem, que é um ser mais inteligente e superior, para que ele não polua o ambiente? – Disse o coelho triste com a situação.

Leão – Não diga isso meu amigo, o homem pode ser mais superior sim, mas, inteligente? Parece que não, se ele tivesse tanta inteligência não poluiria tanto, será que ele não percebe que isso prejudica a ele mesmo? E os animais esbanjaram alegria pelo o que haviam conquistado. E assim que recuperaram tudo o que haviam perdido devido à poluição, eles viveram felizes novamente.

Fonte:
3a. Antologia Jovem Escritor. Academia de Letras de Teófilo Ottoni.
Participação dos estudantes do ensino fundamental, médio e superior classificados no 3º Prêmio Jovem Escritor promovido, em 2013, pela Academia de Letras de Teófilo Otoni, União Estudantil de Teófilo Otoni e o Movimento Pró Rio Todos os Santos e Mucuri.

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