terça-feira, 1 de setembro de 2015

Alonso Rocha (1926 - 2010)

Raimundo Alonso Pinheiro Rocha nasceu em Belém em 15 de dezembro de 1926 e morreu em 23 de fevereiro de 2010, filho do poeta Rocha Júnior e Adalgiza Guimarães Pinheiro Rocha. Foi casado com Rita Ferreira Rocha e pai de cinco filhos. Conhecido como príncipe os poetas, Raimundo ocupou a cadeira número 32 da Academia Paraense de Letras desde 22 de Novembro de 1996, participou da diretoria da Academia desde o ano de 1996, ininterruptamente, com mandato até 2010. Por profissão, trabalhou como bancário, atuando também no sindicalismo no período de 1954 a 1976, tendo sido diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e membro-fundador da Federação dos Bancários do Norte-Nordeste.
             Foi o IV Príncipe dos Poetas do Pará, escolhido após consulta a um colégio eleitoral constituído de 200 personalidades integrantes dos círculos culturais, científicos e sociais do Estado, pessoas essas ligadas às artes e selecionadas por uma comissão especial formada pelos escritores Georgenor de Sousa Franco Filho, Pedro Tupinambá, Victor Tamer e Albelardo Santos. O resultado de votação através de voto assinado foi apurado em 1987, tendo recebido na sessão solene de 21 de julho de 1989 (sesquicentenário de Machado de Assis) a comenda de 35 gramas de ouro, oferecida pelo governo do Estado do Pará.
            Na adolescência, em 1942, fundou a Academia dos Novos em companhia de Jurandyr Bezerra, Max Martins e Antônio Comaru Leal. Ao grupo vieram juntar-se jovens intelectuais da época, como Benedito Nunes, Haroldo Maranhão, Leonan Cruz, Raimundo Melo, Fernando Tasso de Campos Ribeiro, Arnaldo Duarte Cavalcante, Gelmirez Melo, Edmar Souza, Benedito Pádua, Otávio Blatter Pinho, Antero Soeiro, Eduálvaro Hass Gonçalves, Alberto Bordalo e Lúcia Clairefort Seguin Dias.
            Seu livro de poesias Pelas Mãos do Vento, obteve os prêmios Vespasiano Ramos (1954) da Academia Paraense de Letras e Santa Helena Magno (1955) do governo do Estado do Pará. Em (2004) foi presidente (por 4º. Mandato) da União Brasileira de Trovadores – seção Belém, tendo promovido em 1997 o I Jogos Florais de Belém, bem como o XIII Concurso nacional de Trovas no ano de 2002/Belém-Pará.
            A trova, forma poética que cultivou somente há pouco tempo, proporcionou a Alonso Rocha inúmeras vitórias em Jogos Florais e concursos pelo Brasil, notadamente no Pará, no Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
            Como sonetista, foi apontado como um dos melhores dos últimos tempos e um dos maiores dos últimos 50 anos do Pará.
            Malba Than, no livro A Lua (editora Luz, Rio, 1955) publicou o seu soneto à “Lua Cheia” e o classificou como “autêntico Príncipe da Poesia Contemporânea.
            Alonso Rocha queera sócio-correspondente das: “Academia Norte Rio-Grande de Letras, Academia Municipalista de Letras do Brasil, Academia Sete-Lagoana de Letras, Academia Eldoradense de Letras, do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes, sócio honorário da Academia Piauiense de Letras e cidadão honorário do Município de Marapanim-PA.
            Poeta eclético, não aprisionado a escolas e sem preconceito com qualquer forma de manifestação poética, Alonso Rocha foi dinâmico colaborador da gestão e representatividade da Academia Paraense de Letras.
            Sua derradeira participação em atividades literárias aconteceu em 2009 em Belém representando a Academia Paraense de Letras como Júri do II Prêmio AP de Literatura, da Assembleia Paraense.
            Recebeu vários troféus, medalhas e diplomas, resultantes de certames poético como: 1º. Lugar no concurso promovido pelo jornal “A Província do Pará” e Prefeitura Municipal de Belém (1961); 2° Concurso do Norte e Nordeste de Poesia, patrocinado pelo jornal “Folha do Norte”; Palma de Ouro e Palma de Bronze, no concurso Poetas do Mundo Lusíada da Academia de Poemas de Massachusetts (Estados Unidos da América -1987); Medalha de Bronze, no concurso Evolução da Cultura Brasileira, na segunda metade do século XX, do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes (Rio de Janeiro, 1933); 1º. Lugar, por unanimidade, do 1º. Concurso Nacional de Poesia do Clube dos Magistrados do Rio de Janeiro (1997) e honrosas classificações em concurso de sonetos em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de janeiro; Medalha condecorativa José Veríssimo; Medalhas culturais Olavo Bilac, Paulino de Brito, Dr. Acylino de Leão, D. Pedro I; Centenário do Teatro da Paz; Bicentenário da Igreja São João Batista; Centenário da Fundação da Biblioteca e Arquivos Públicos do Pará, conferidos pelo governo do Estado do Pará; Conselho de Cultura do Pará e Academia paraense de Letras; Medalha Olavo Bilac, do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes; Medalha condecorativa da Academia Municipalista de Letras do Brasil e Diploma de Honra ao Mérito do Instituto de Educação do Pará.
Livros Publicados
            "Pelas Mãos do Vento" (poesia) 1955; e "Bruno de Menezes" ou a Sutileza da Transição  (Ensaio ao lado de Célia Coelho Bassalo, J. Arthur Bogéa, João Carlos Pereira e Joaquim Inojosa) 1994, "O Tempo e o Canto" (poesia) 2009.

Fonte: Academia dos Poetas Paraenses

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