terça-feira, 27 de outubro de 2015

2a. Feira Literária de Maringá (Programação de 29 de Outubro, Quinta-Feira)

9h - Palestra / Bate-papo
“Os contos infantojuvenis na atualidade”, com a escritora homenageada Marina Colasanti (Rio de Janeiro/RJ).
Auditório FLIM
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9h - Bate-papo
sobre o livro “Lama Vermelha”, de Sedinei Sales Rocha (Campo Largo – PR)
Sala de reuniões do GAPRE – térreo do Paço Municipal
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9h - Palestra
“As novas formas de leitura na vida digital”, com Itana Maria de Souza Gimenes (Maringá – PR)
Auditório Hélio Moreira
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9h - Espetáculo
“Ser ou não Ser? Palhaço!” – Cia. Expressão do Amor (Maringá/PR). Produzido
com verba de incentivo à cultura – Prêmio Aniceto Matti
Espaço FLIM Criança
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10h - Lançamento do Fotolivro
“Deriva Continental Imaginética”, de Márcio Mendes Rocha (Maringá/PR)
Espaço do Autor
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10h e 11h - Espetáculo
“Orquestra de Bexigas” – Grupo Meu Clown (Maringá/PR)
Espaço FLIM Criança
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10h30 - Palestra / Bate papo
“Contação de histórias como instrumento de transformação”, com Mirtes Izabete de Souza (São Paulo/SP)
Auditório Hélio Moreira
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14h - Oficina
de Jogo da Memória em tecido, com Mirtes Izabete de Souza, do Centro de Convivência Arte.Lazer. Educação (São Paulo/SP)
Sala de reuniões do GAPRE – térreo do Paço Municipal
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14h - Lançamento do livro
“Princesinha Júlia e o Monstro” de Maria Gabriela Trevisan de Oliveira (Astorga/PR)
Espaço do Autor
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14h - Palestra / Bate papo
“321: Fast Comics”, com Felipe Cagno (São Paulo/SP)
Auditório Hélio Moreira
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14h e 15h - Espetáculo
“Orquestra de Bexigas” – Grupo Meu Clown (Maringá/PR)
Espaço FLIM Criança
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2º FÓRUM DE LEITURA E ENSINO DE LITERATURA
Auditório FLIM

14h – Palestra
“Literatura e Dialogismo”, com Paulo Venturelli (Curitiba/PR)
Auditório FLIM
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15h40 - Intervalo / Café Amigo
Auditório FLIM
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16h - Palestra
“Formação de Leitores e Inclusão Social”, com Ilan Brenman (São Paulo/SP)
Auditório FLIM
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15h30 - Bate-papo
sobre o livro “Em algum lugar – viagem pela alma de um povo”, com Rogério Recco (Maringá/PR)
Auditório Hélio Moreira
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16h - Espetáculo
“O menino que achou uma estrela”, adaptação da obra de Marina Colasanti, por Tisley Barbosa – Grupo de Teatro do CAC
Espaço FLIM Criança
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16h - Lançamento do livro
“A planta dos pés”, de Joabinadabe Gomes Mendes (Maringá/PR)
Espaço do Autor
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17h30 - Bate-papo / Lançamento do livro
“Eu fico loko 2 – As histórias que tive medo de contar”, com Christian Figueiredo de Caldas (São Paulo/SP)
Auditório Hélio Moreira
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19h30 - Mesa
“Literatura, Teatro e Televisão”, com Mário Prata (Uberaba/SP).
Auditório FLIM
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21h - Concerto
Orquestra de Sopros de Paranavaí
Espaço FLIM Criança /Tenda de Circo

domingo, 25 de outubro de 2015

2a. Festa Literária de Maringá (Programação de Abertura: 27 outubro, terça-feira)

27 /10 Terça Feira

8h30 - Abertura Oficial da 2ª FLIM
Coros Municipais e Quarteto da Orquestra Maringaense de Viola Caipira – Regência: Jean Michel
Lançamento do Projeto “Mamãe Leitora”
Auditório FLIM
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9h - Palestra de abertura:
“A história e o Brasil de hoje”, com o escritor homenageado Laurentino Gomes (Itu – SP)
Auditório Flim
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9h - Espetáculo
“Ser ou não Ser? Palhaço!” – Cia. Expressão do Amor (Maringá – PR). Produzido com verba de incentivo à cultura – Prêmio Aniceto Matti
Espaço FLIM Criança
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10h e 11h - Espetáculo
“A simples história de uma menina e um artista” – Atua Cia de Teatro (Maringá – PR)
Espaço FLIM Criança
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10h - Bate-papo sobre “O Poder das Histórias”
e
Lançamento dos livros “Dias Nublados”, de Dany Fran, e “O Estranho Contato”, de Kelly Shimohiro (Maringá – PR)
Auditório Hélio Moreira
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14h - Palestra / Performance
“Parada Poética”, com Renan Inquérito (São Paulo – SP)
Auditório FLIM
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14h - Palestra
“A arte e a poesia como empreendedorismo”, com Alex Paes de Moraes (Brasília–DF)
Auditório Hélio Moreira
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14h - Lançamento dos livros
“Entre Contos & Crônicas, Milagres” e “Lagartixa Clock”, de Vera Margutti (Maringá – PR)
Espaço do Autor
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14h e 15h - Espetáculo
“A simples história de uma menina e um artista” – Atua Cia de Teatro (Maringá – PR)
Espaço FLIM Criança
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15h30 - Oficina de Oralidade:
explorando parlendas, cantigas de roda, travalínguas, adivinhas, interpretação de frases e provérbios populares, com Ângela Ramalho (Maringá – PR)
Sala de reuniões do GAPRE – térreo do Paço Municipal
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15h30 - Palestra
“Escrita Acadêmica e Literatura de Patrimônio Cultural”, com Welington Vilanova (Maringá – PR)
Auditório Hélio Moreira
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16h - Lançamento do livro
“Quinze Doces Invernos”,de Rose Rissoto Bovo (São Jorge do Ivaí – PR)
Espaço do Autor
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16h - Palestra / Bate-papo
“Coleção Histórias de Canções – Chico Buarque”, com Wagner Homem (São Paulo – SP)
Auditório FLIM
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18h30 - Lançamento do livro
“Lonas e memórias: a história esquecida do Circo Paranaense”, de Miguel Fernando e Rosana Steinke
Auditório FLIM
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19h30 - Mesa de abertura:
“Poesia e Música”, com Fabrício Corsaletti (São Paulo – SP) e Marcos Assumpção (Niterói – RJ).
Auditório FLIM
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21h - Show
“Histórias de Canções – Chico Buarque”, com Wagner Homem (São Paulo – SP) e Paulinho Schoffen (Maringá – PR)
Espaço FLIM Criança / Tenda de Circo

António Aleixo (Quadras)

A arte em nós se revela
sempre de forma diferente:
– cai no papel ou na tela
conforme o artista sente
__________
À guerra não ligues meia,
porque alguns grandes da terra,
vendo a guerra em terra alheia,
não querem que acabe a guerra.
__________
Após um dia tristonho
de mágoas e agonias
vem outro alegre e risonho:
– são assim todos os dias.
__________
A quadra tem pouco espaço
mas eu fico satisfeito
quando numa quadra faço
alguma coisa com jeito.
__________
A vida na grande terra
corrompe a humanidade.
Entre a cidade e a serra
prefiro a serra à cidade.
__________
Bate a fome à porta deles
e é lá mais mal recebida
do que na casa daqueles
que a sofreram toda a vida.
__________
Da música a melodia
diz, pela alma falando,
mais do que a boca diria
muitas horas conversando
__________
De vender a sorte grande,
confesso, não tenho pena;
que a roda ande ou desande
eu tenho sempre a pequena.
__________
Embora os meus olhos sejam
os mais pequenos do mundo,
o que importa é que eles sejam
o que os Homens são no fundo.
__________
Enquanto o homem pensar
que vale mais que outro homem,
são como os cães a ladrar,
não deixam comer, nem comem.
__________
Entre leigos ou letrados,
fala só de vez em quando,
que nós, às vezes, calados,
dizemos mais que falando.
__________
Eu já não sei o que faça
p'ra juntar algum dinheiro;
se se vendesse a desgraça
já hoje eu era banqueiro.
__________
Eu não sei por que razão
certos homens, a meu ver,
quanto mais pequenos são
maiores querem parecer.
__________
Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.
__________
Faz mal o filho que mente
a seus pais, quando rapaz,
e é já tarde quando sente
o mal que a si próprio faz.
__________
Forçam-me, mesmo velhote,
de vez em quando, a beijar
a mão que brande o chicote
que tanto me faz penar.
__________
Gosto do preto no branco,
como costumam dizer:
– antes perder por ser franco
do que ganhar por não ser.
__________
Há luta por mil doutrinas.
Se querem que o mundo ande,
façam das mil pequeninas
uma só doutrina grande.
__________
Julgam-me mui sabedor;
e é tão grande o meu saber
que desconheço o valor
das quadras que sei fazer.
__________
Julgando um dever cumprir,
sem descer no meu critério,
– digo verdades a rir
aos que me mentem a sério!
__________
Mentiu com habilidade,
fez quantas mentiras quis;
agora fala verdade
ninguém crê no que ele diz.
__________
Nada direi, mas, enfim,
vou ter a grande alegria
de a Arte dizer por mim
tudo quanto eu vos diria.
__________
Não é só na grande terra
que os poetas cantam bem:
– os rouxinóis são da serra
e cantam como ninguém.
__________
Não sou esperto nem bruto,
nem bem nem mal educado:
– sou simplesmente o produto
do meio em que fui criado.
__________
Nos versos que se improvisem,
os poetas sabem ler,
para além do que eles dizem,
tudo o que querem dizer.
__________
Num arranco de loucura,
filha desta confusão,
vai todo o mundo à procura
daquilo que tem à mão.
__________
O mundo só pode ser
melhor do que até aqui,
– quando consigas fazer
mais p'los outros que por ti!
__________
Peço às altas competências
perdão, porque mal sei ler,
p’ra aquelas deficiências
que os meus versos possam ter.
__________
Porque o mundo me empurrou,
caí na lama, e então
tomei-lhe a cor, mas não sou
a lama que muitos são.
__________
Porque será que nós temos
na frente, aos montes, aos molhos,
tantas coisas que não vemos
nem mesmo perto dos olhos?
__________
P'ra mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
__________
Pra não fazeres ofensas
e teres dias felizes,
não digas tudo o que pensas,
mas pensa tudo o que dizes.
__________
Quando não tenhas à mão
outro livro mais distinto,
lê estes versos que são
filhos da mágoa que sinto.
__________
Quando te vês mal, e dizes
que preferias a morte,
pensa que outros menos felizes
invejam a tua sorte.
__________
Quantas sedas aí vão,
quantos brancos colarinhos,
são pedacinhos de pão
roubados aos pobrezinhos!
__________
Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão mesmo vencida,
não deixa de ser Razão?
__________
Quem nada tem, nada come;
e ao pé de quem tem de comer,
se alguém disser que tem fome,
comete um crime, sem querer.
__________
Quem prende a água que corre
é por si próprio enganado;
o ribeirinho não morre,
vai correr por outro lado.
__________
São parvos, não rias deles,
deixa-os ser, que não são sós;
às vezes rimos daqueles
que valem mais do que nós
__________
Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer que são,
são aquilo que eu pareço.
__________
Ser artista é ser alguém!
Que bonito é ser artista,
ver as coisas mais além
do que alcança a nossa vista!
__________
Talvez paz no mundo houvesse
embora tal não pareça,
se o coração não estivesse
tão distante da cabeça.
__________
Tem a música o poder
de tornar o homem feliz;
nem há quem saiba dizer
tanto quanto ela nos diz.
__________
Uma mosca sem valor
poisa, c'o a mesma alegria,
na careca de um doutor,
como em qualquer porcaria.
__________
Umas quadras são conselhos
que vos dou de boa fé;
outras são finos espelhos
onde o leitor vê quem é.
__________
Um homem quando tem notas,
pode ser perverso e falso:
– todos lhe engraxam as botas:
se as não tem, anda descalço.
__________
Vemos gente bem vestida,
no aspecto desassombrada;
são tudo ilusões da vida,
tudo é miséria dourada.
__________
Vinho que vai pra vinagre
não retrocede o caminho;
só por obra de milagre,
pode de novo ser vinho.