domingo, 4 de outubro de 2015

A. A. de Assis e Elisabeth Souza Cruz (Vaivém do Riso), final




44. (ESC)
Do teu queijo eu tiro um naco
pois a minha ideia logra...
mudo de pau pra cavaco,
que tal falarmos de... sogra?
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45. (AAA)
Na hora do desespero,
vale tudo, oh Deus, que horror...
Vale até, sem exagero,
chamar a sogra de “amor”!
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46. (ESC)
Sei também de um desespero,
pois o genro, de mutreta,
pôs pimenta no tempero
e a sogra ficou zureta!
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47. (AAA)
Faltam-lhe os “tchans” da “zelite”,
talvez escola e que-tais...
Mas no “tempero”, acredite,
a danadinha é demais!
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48. (ESC)
Tempero lembra cozinha
e a tua trova... "a penosa",
aquela da tal galinha
que no garfo era bem prosa!
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49. (AAA)
Diz ao garfo, humilde, a faca:
– Rema, rema, remarré...
Eu sou fraca, fraca, fraca,
mas corto mais que a cuié...
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50. (ESC)
Quando tem panela cheia
no fogão da  cozinheira
sempre acaba em briga feia
que o patrão quer dar "rasteira" !!
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51. (AAA)
Felizardo é o cara esperto
que vai no mato morar.
Lá não tem patrão por perto
nem sogra no calcanhar...
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52. (ESC)
É verdade! Uma mamata
morar longe de patrão...
só não se pode é na mata
ficar na moita.... sem cão.
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53. (AAA)
Bem pior é um menestrel,
quando lhe apura a barriga,
na moitinha, sem papel,
ter que usar folha de urtiga...
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54. (ESC)
Querido.. eu não faço intriga,
mas veja a situação:
– na moita, anda dando briga,
por dinheiro em cuecão!!
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55. (AAA)
Tudo o mais é mera intriga,
fabulazinha bizarra...
– O chato é ser a formiga
“cantada” pela cigarra!
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56. (ESC)
E por falar em cantada
quem canta seu mal  espanta?
Eu sou tão desafinada
que nem galo se levanta!!!
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57. (AAA)
Quando o galo nega raça
e precoce o caldo entorna,
a frangona, por pirraça,
dá-lhe um ovo... de codorna!
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58. (ESC)
Eu falo e tenho respaldo,
pois em canja de galinha,
para aumentar mais o caldo,
pegue a sopa da vizinha!.
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59. (AAA)
Alarme no galinheiro.
– Será que há gambá na granja?...
– Bem mais grave: é o cozinheiro
que avisa: “Hoje vai ter canja!”...
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60. (ESC)
E foi tamanho o brigueiro,
pois dona "Gala"  se zanga,
já que o galo, que é frangueiro,
logo quis  salvar a "franga"!
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61. (AAA)
Fui à feira a fim de frango;
frango fresco ali faltava.
Fiquei fulo e ao fim meu rango
foi farofa, alfafa e fava.
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62. (ESC)
A minha ideia não míngua,
e eu lhe mando "plantar fava",
pois compondo um trava língua,
minha própria língua trava!
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63. (AAA)
Calma aí, não fique brava
com a minha brincadeira...
Se quiser, eu planto fava,
batatas, a horta inteira...
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64. (ESC)
Assis... eu não me detenho
e agora pego carreira:
– quero ver teu desempenho
se "plantares bananeira"!!!
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65. (AAA)
Nada há que mais atraia
a molecadinha arteira
que moça de minissaia
quando planta bananeira...
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66. (ESC)
Tu és um sujeito esperto,
(mas só  peço que não caias)
quando estiveres bem perto
das moças perdendo as saias!!!
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67. (AAA)
Disse o esperto garotinho
na forçada confissão:
– Olhei pelo buraquinho...
mas não vi “o” da moça não!
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68. (ESC)
Por falar em confissão,
confessa a moça (e reclama):
- Tão pesado é o meu patrão
que quebrou a minha cama!
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69. (AAA)
O funcionário e a patroa
a um baile foram... “ficaram”.
O patrão soube: largou-a,
e os pôs na rua: “dançaram”!
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70. (ESC)
Com duplo sentido, a "dança"
é  palavra que  marcou:
– nem sempre quem dança, cansa...
mas quem se cansa... dançou!
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71. (AAA)
Até pra fazer pecados
é necessário ser jovem.
Adões e Evas cansados,
nem mesmo as maçãs os movem...
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72. (ESC)
As maçãs, "na velha idade",
lembram uvas,  e o idoso,
olhando as "boas" (maldade!),
– Alcançá-las?! É penoso!!!
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73. (AAA)
Conhaque no aperitivo,
conhaque na sobremesa...
– E’ assim que o velhinho, ativo,
mantém a velinha acesa!
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74. (ESC)
"Sopre a velinha , sem dó!"
e, na festinha animada,
sopraram tanto a vovó
que ela ficou resfriada!
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75. (AAA)
– Sopre o trombone sem DÓ,
diz a velhinha ao regente...
– Se mande pra LÁ, vovó,
e cuide de SI... SOL-mente!
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76. (ESC)
Assis, neste DÓ RÉ MI,
a trova pede uma pala:
– como é que eu estando aqui,
ouço tanto a sua  fala?
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77. (AAA)
Se no dorré não faz sol,
nem também  no La mi si,
no remi lá do fá-rol
faz redó relá solmi...
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78. (ESC)
No dó ré que a gente inventa,
Antonio Augusto, tem dó!!!
Já vamos para as oitenta
numa brincadeira só!
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79. (AAA)
Enquanto você topar,
sigamos, então, sem medo.
Vamos brincar de brincar,
até cansar do brinquedo...
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80. (ESC)
O desafio me empolga,
eu topo qualquer parada....
E não preciso de folga 
porque eu ando eletrizada!

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