domingo, 15 de maio de 2016

Edweine Loureiro (O Filho da Floresta e outros poemas)


 
  São 26 poemas, todos premiados em concursos literários no Brasil e em Portugal, nos quais o author escrece sobre os mais diversos temas ― entre estes: ecologia, paz e, claro, literatura.

    A obra obteve o Prêmio Literacidade – 2015.

    A capa foi feita pela artista japonesa Junko Tomita, e o prefácio pelo grande escritor Edelson Nagues. Eis o link da Editora LiteraCidade:
 http://www.literabooks.com.br/filhodafloresta

    Edweine Loureiro nasceu em Manaus em 1975. Advogado e professor de idiomas, residindo no Japão desde 2001. Premiado em concursos literários no Brasil e em Portugal, autor dos livros “Sonhador Sim Senhor!” (2000), “Clandestinos” (2011), “Em Curto Espaço” (2012), “No mínimo, o Infinito” (2013) e “Filho da Floresta” (Prêmio LiteraCidade 2015). Vencedor do Prêmio Ganymedes José (Literatura Infantil e Juvenil) da União Brasileira de Escritores - RJ, em 2015. Também obteve o primeiro lugar, em 2016, nos Jogos Florais de Nova Friburgo (RJ), o mais tradicional concurso de trovas do Brasil. É membro correspondente da UBE-RJ e da Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências – SP.

Alguns poemas do livro:

FILHO DA FLORESTA

Sou forte, sou altivo.
Nascido, por encanto,
no encontro das águas.
Curumim atroari,
que não teme nada:
seja a grande sucuri,
seja a onça-pintada…

Sou desbravador de igapós
e dos mistérios de Marajó.
E, para ter o muiraquitã,
matei o gigante Piaimã.

Não tenho medo de saci,
nem do feroz mapinguari…
E, de noite, à beira do lago,
afago o boto-encantado.

Só uma coisa me apavora:
É descobrir, em má hora,
que nada mais resta
de minha amada floresta.

[Poema vencedor do VII Concurso Poesiarte – Arraial do Cabo/ RJ (Janeiro/2013) e 4º lugar no 3º Concurso Literário da Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências (AMLAC) – Vinhedo/ SP (2013).]
AFLIÇÃO

Vejo-a ferida: nossa Mãe Terra…
Ela que, nascida para ser Eterna,
deu Vida a tantos…

E, no entanto,
ao longo dos tempos,
estando Ela em tormento,
a ninguém importou o Seu lamento.
Ninguém enxugou o Seu pranto.

E agora,
ainda esquecida,
Ela agoniza…

Aguardando, entristecida,
a derradeira hora…

Que, temo, não demora.

[Menção Honrosa Internacional no VIII Concurso Poesias sem Fronteiras (2012)]

Fonte:
O Autor

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