quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Rita Mourão (Ramalhete de Trovas)


1
Ante à miséria e o afeto
eu jamais vi tanto brilho
no olhar de uma mãe sem teto
enquanto amamenta o filho.
Vencedora em Cantagalo/RJ - tema Miséria.
2
Ante os nãos e os poucos prós,
nosso amor meio tardio,
mostra a força que há em nós
quando amar é um desafio.
Premiada em São Paulo/SP - tema Desafio
3
Com ousadia me olhaste,
ousada eu correspondi.
Com loucura me abraçaste,
e o resto eu juro, nem  vi!
Vencedora em Pindamonhangaba/SP - tema Ousadia
4
Descrevê-lo, não me iludo,
a  minha fé nem se atreve.
Deus é bem mais do que tudo
que a mente humana descreve
5
É um velho lar meu legado
onde o amor gerou bonança
e pôs um filho ao meu lado
multiplicando essa herança.
Premiada em Nova Friburgo/RJ - tema Herança
6
Não lamento o meu passado,
nem mesmo o tempo me ofende.
Viver é um aprendizado 
quem mais vive, mais aprende.
7
No céu tecendo magia,
com frases mudas a lua,
nas pautas da noite fria
faz versos á minha rua!
Premiada em Nova Friburgo/RJ - tema Magia
8
Nos volteios dos deslizes
quando o corpo já cansou,
como dói pisar raízes
que a nossa fé não regou!
Premiada em São Paulo/SP - tema Raízes
9
Peço a Deus que a minha prece
seja feita em tom de trova
e a inspiração me trouxesse 
a graça da fé que  inova.
10
Perdi meu esteio mor
quando perdi  minha fé.
Mas Deus construtor maior
de novo me pôs em pé!
11
Por mais que o orgulho insista,
peço a Deus, a quem me entrego,
que no calor da conquista
eu saiba despir meu ego!
12
Quando esta lua indiscreta
me traz lembranças sem fim,
eu choro o velho poeta
que morreu dentro de mim!
Vencedora em Nova Friburgo/RJ - tema Poeta
13
Quando renova a paisagem
na tela de um novo dia,
Deus capricha na mensagem
que eu chamo de poesia!
Vencedora em Ribeirão Preto/SP - tema Paisagem
14
Se a opressão se faz maior
ante a paz em construção,
a família e o esteio mor
que sustenta uma nação.
15
Seja lírica ou de humor,
a trova encanta o universo,
rimando  sem se opor
nossa fé cantada em verso!
16
Se me entrego ao devaneio,
minha esperança se aflora
e vai fincando outro esteio
onde a ilusão pede escora!
-
Fonte: Trovas enviadas pela autora

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