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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Alma Welt (1972-2007)

Pintura a óleo de Guilherme de Faria

Escritora gaúcha nascida em Novo Hamburgo, poeta lírica, grande sonetista (escreveu cerca de 700 belíssimos sonetos), deixou uma obra profícua e numerosa, constando de um romance autobiográfico inédito em quatro tomos denominado "A Herança" (dividido como quarteto com os seguintes títulos: A Herança, A Ara dos Pampas, O Sangue da Terra, A Vinha de Dioniso), e mais o romance intitulado "O Retorno dos Menestréis", ambientado no sertão nordestino de Pernambuco e Paraíba, numa mítica e divertida viagem a bordo do Pavão Misterioso.

Tem ainda quatro livros de contos: Contos da Alma, publicado em 2004 pela Editora Palavras & Gestos(de São Paulo); Contos Pampianos da Alma, Contos Secretos da Alma, e "Lendas da Alma" (este uma coletânea de lendas poéticas de sua invenção, de caráter europeu, góticas e misteriosas, ilustradas com desenhos a cores por Guilherme de Faria.

Além disso tem um livro de crônicas curtas (Crônicas da Alma). Sua obra poética, igualmente prolífica, conta com 49 livros de poesia, sendo 33 de sonetos (perfazendo cerca de 700 sonetos),e vem sendo publicada de maneira semi-artesanal, em folhetos dentro de uma caixa (Kit) de madeira, e ilustrados a cores com desenhos de Guilherme de Faria.

As duas últimas obras poéticas que escreveu são: um notável drama lírico formado por 42 sonetos (cenas) encadeados, inspirado por sua paixão por uma aluna e denominado "Sonetos à Mayra"; e os "150 Sonetos Pampianos da Alma" escritos no seu último mês de vida.

A autora, mulher jovem, belíssima e misteriosa, não se deixava fotografar, somente permitindo a divulgação de seus retratos em desenhos, gravuras e pinturas a óleo de Guilherme de Faria, seu "retratista autorizado", pintor paulista que a ilustrou, prefaciou, e editou, lançando-a no meio artístico paulistano a partir de 2001, quando a descobriu no seu auto-exílio paulistano, num ateliê de pintura estabelecido nos Jardins.

As circunstância notáveis desse encontro providencial foram narradas por ela no seu conto intitulado "Anagramas".

Alma suicidou-se aos 35 anos por afogamento, na sua estância pampiana, no auge de seu talento e beleza. Admirada pelo grande poeta Paulo Bomfim (que escreveu um prefácio para o próximo livro dela a ser publicado) e pelo famoso bibliófilo José Mindlin (que possui obras inéditas dela) começa agora a sua trajetória triunfante, como "a última grande lírica do século XX", Poeta e Musa ao mesmo tempo.

Fonte:
http://www.netsaber.com.br/