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sábado, 8 de fevereiro de 2020

Homero (Odisseia)

Odisseia é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, atribuídos a Homero. É uma sequência da Ilíada, outra obra creditada ao autor, e é um poema fundamental no cânone ocidental. Historicamente, é a segunda - a primeira sendo a própria Ilíada – obra da literatura ocidental.

A Odisseia, assim como a Ilíada, é um poema elaborado ao longo de séculos de tradição oral, tendo tido sua forma fixada por escrito, provavelmente no fim do século VIII a.C. A linguagem homérica combina dialetos diferentes, inclusive com reminiscências antigas do idioma grego, resultando, por isso, numa língua artificial, porém compreendida. Composto em hexâmetro dactílico era cantado pelo aedo (cantor), que também tocava, acompanhando, a cítara ou fórminx, como consta na própria Odisseia (canto VIII, versos 43-92) e também na Ilíada (canto IX, versos 187-190).

O poema relata o regresso de Odisseu, (ou Ulisses, como era chamado no mito romano), herói da Guerra de Troia e protagonista que dá nome à obra. Como se diz na proposição, é a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou, depois de ter destruído a cidadela sagrada de Troia, que viu cidades e conheceu costumes de muitos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regresso dos seus companheiros”.

Odisseu leva dez anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também havia durado dez anos. 

A trama da narrativa, surpreendentemente moderna na sua não-linearidade, apresenta a originalidade de só conservar elementos concretos, diretos, que se encadeiam no poema sem análises nem comentários. A análise psicológica, a análise do mundo interior , não era ainda praticada. As personagens agem ou falam; ou então, falam e agem. E falam no discurso direto, diante de nós, para nós – preparando, de alguma forma, o teatro. Os eventos narrados dependem tanto das escolhas feitas por mulheres, criados e escravos quanto dos guerreiros.

A influência homérica é clara em obras como a Eneida, de Virgílio, Os Lusíadas, de Camões, ou Ulysses, de James Joyce, mas não se limita aos clássicos. As aventuras de Ulisses, a superação desesperada dos perigos, nas ameaças que lhe surgem na luta pela sobrevivência, são a matriz de grande parte das narrativas modernas, desde a literatura ao cinema.

Em português, bem como em diversos outros idiomas, a palavra odisseia passou a referir qualquer viagem longa, especialmente se apresentar características épicas.

A Odisseia se inicia in medias res (latim para "no meio das coisas"), com sua trama já inserida no meio de uma história mais ampla, e com os eventos anteriores sendo descritos ou através de flashbacks ou de narrativas dentro da própria história. O dispositivo foi imitado por diversos autores de épicos literários posteriores, como por exemplo Virgílio, na Eneida, bem como poetas modernos como Alexander Pope (The Rape of the Lock).

A ação está repartida em três tempos principais: situação de Penélope e Telêmaco em Ítaca e viagem de Telêmaco; chegada de Odisseu ao país dos feaces, onde narra as suas aventuras (recuo da ação, em vários anos); regresso de Ulisses a Ítaca e morte dos pretendentes.

Perante a presunção da morte de Ulisses, a sua esposa Penélope e o seu filho, Telêmaco são obrigados a lidar com um grupo de insolentes pretendentes, os Mnesteres ou Proci, que competem pela mão de Penélope em casamento. Telêmaco tenta assumir o controle da sua casa e aconselhado por Atena, viaja em busca de notícias do seu pai desaparecido.
A cena então muda: Odisseu é cativo da bela ninfa Calipso, com quem ele passou sete dos dez anos em que esteve perdido. Após ser libertado pela intercessão de sua padroeira, a deusa Atena, ele parte. Porém, a sua jangada é destruída por Poseidon, furioso por Odisseu ter cegado o seu filho, Polifemo. Quando Odisseu alcança a praia de Esquéria, lar dos feácios, é auxiliado pela jovem Nausícaa, de quem recebe hospitalidade; em troca, satisfaz a curiosidade dos feácios, narrando a eles - e ao leitor - as suas aventuras desde a partida de Troia. Os feácios, hábeis construtores de navios, emprestam-lhe uma embarcação para que ele regresse a Ítaca, onde recebe a ajuda do pastor de porcos Eumeu, se encontra com Telêmaco e reconquista o seu lar, reencontrando a sua esposa, Penélope e matando os seus pretendentes.

Quase todas as edições e traduções modernas da Odisseia são divididas em 24 livros. Esta divisão é conveniente, porém não é original; foi desenvolvida pelos editores alexandrinos do século III a.C. No período clássico diversos dos livros (individualmente e em conjunto) recebiam seus próprios títulos; os primeiros quatro, que se concentravam em Telêmaco, eram comumente conhecidos como a Telemaquia; a narrativa de Odisseu, no livro 9, que contém seu encontro com o ciclope Polifemo, era tradicionalmente chamada de Ciclopeia; e o livro 11, que descreve seu encontro com os espíritos dos mortos no Hades, era conhecido como Nekyia. Os livros 9 a 12, onde Odisseu reconta suas aventuras para seus anfitriões feácios eram referidos como os Apologoi, as "histórias" de Odisseu. O livro 22, no qual Odisseu mata todos os pretendentes, recebia o título de Mnesterophonia, o "massacre dos pretendentes".

Estrutura

Os últimos 548 versos da Odisseia, que correspondem ao livro 24, são tidas por muitos acadêmicos como uma adição feita por um poeta posterior; diversas passagens dos livros anteriores parecem preparar para os eventos que ocorrem nele, portanto se de fato forem uma adição posterior, o editor responsável teria alterado algum texto antigo já existente.

Telêmaco, filho de Odisseu, tem apenas um mês de idade quando seu pai sai para combater em Troia, numa guerra da qual ele não quer fazer parte. No ponto em que a obra se inicia, já se passaram dez anos após o fim da Guerra de Troia - que por sua vez durou dez anos - Telêmaco tem 20 anos e está dividindo a casa de seu pai ausente, localizada na ilha de Ítaca, com sua mãe e uma multidão de 108 arruaceiros, "os pretendentes", cuja meta é persuadir Penélope de que seu marido está morto, e que ela deve se casar com um deles.

A deusa Atena, a protetora de Odisseu, discute seu destino com Zeus, rei dos deuses, no momento em que o inimigo do herói, o deus do mar, Poseidon, se ausenta do monte Olimpo. Escondida como um chefe táfio chamado Mentes, ela visita Telêmaco e o encoraja a procurar notícias de seu pai. Ele oferece sua hospitalidade, e ela pode observar o comportamento inapropriado dos pretendentes, jantando no meio de arruaças enquanto o bardo Fêmio lhes interpretava um poema narrativo. Penélope opõe-se ao tema de Fêmio, o Retorno de Troia, por lembrá-la de seu marido desaparecido, porém Telêmaco refuta suas objeções.

Naquela noite, Atena, disfarçada como Telêmaco, encontra um navio e uma tripulação para o verdadeiro Telêmaco. No dia seguinte, este reúne uma assembleia de cidadãos de Ítaca, para discutir o que deveria ser feito com os pretendentes. Acompanhado por Atena (agora disfarçada como seu amigo, Mentor), ele parte para a Grécia continental, onde é recebido por Nestor, o mais respeitável dos guerreiros gregos de Troia, já de volta a seu lar, em Pilos. De lá, Telêmaco parte por terra, acompanhado pelo filho de Nestor, para Esparta, onde encontra Menelau e Helena, já reconciliados; estes descrevem como retornaram à Grécia depois de uma longa viagem, que passou pelo Egito e, de lá, pela ilha mágica de Faros, onde Menelau encontrou o velho deus do mar Proteu, que o contou que Odisseu havia sido aprisionado pela ninfa Calipso. Telêmaco também descobre o destino do irmão de Menelau, Agamenon, rei de Micenas e líder dos gregos em Troia, assassinado logo depois de retornar ao seu lar, por sua esposa Clitemnestra e seu amante Egisto.

A obra chega então à história de Odisseu, que passou sete anos no cativeiro, na ilha de Calipso. Esta é persuadida a libertá-lo pelo deus mensageiro, Hermes, enviado por Zeus. Odisseu constrói uma jangada e recebe roupas, comida e bebida de Calipso; acaba naufragando, no entanto, por obra de Poseidon, e é obrigado a nadar até a ilha de Esquéria onde, nu e exausto, ele se esconde numa pilha de folhas e adormece. Na manhã seguinte, desperto pelas risadas de garotas que se aproximam, vê a jovem Nausícaa, que veio com suas criadas lavar roupas à beira do mar. Odisseu pede ajuda a ela, que o encoraja a procurar a hospitalidade de seus país, Aretê e Alcínoo. Odisseu que inicialmente não se identifica, é bem recebido; permanece no local por diversos dias, participa de um pentatlo e ouve o cantor cego Demódoco executar dois poemas narrativos. O primeiro é um incidente obscuro da Guerra de Troia, a "Disputa ente Odisseu e Aquiles", enquanto o segundo é a narrativa de um caso de amor entre dois deuses do Olimpo, Ares e Afrodite. Odisseu pede então a Demódoco que retorne ao tema da Guerra de Troia, que conta sobre o Cavalo de Troia, um estratagema no qual Odisseu havia desempenhado um papel crucial. Incapaz de esconder suas emoções ao narrar o episódio, Odisseu finalmente revela sua identidade, e começa a contar a fantástica história de seu retorno à Troia.

Após uma incursão pirática em Ismara, na terra dos cicones, Odisseu e seus doze navios são desviados do curso por tempestades. Visitam então os letárgicos Comedores de Lótus, e são capturados pelo ciclope Polifemo, do qual escapa apenas após cegá-lo com um pedaço afiado de madeira. São recebidos por Éolo, senhor dos ventos, que dá a Odisseu um saco de couro contendo todos os ventos (com a exceção do vento oeste), um presente que deveria lhe ter garantido a viagem de volta para casa; seus marinheiros, no entanto, abrem de maneira tola o saco enquanto Odisseu dormia, pensando que continha ouro; todo o vento voou para fora do saco, e a tempestade resultante mandou os navios de volta para onde haviam vindo, quando Ítaca havia acabado de aparecer no horizonte.

Após pedir em vão para que Éolo o ajudasse novamente, Odisseu e seus companheiros reembarcaram nos navios e zarparam, viajando até encontrar o canibal Lestrigão. O navio de Odisseu acaba sendo o único a sobreviver ao ataque, e acaba indo parar junto à deusa-bruxa Circe, que transforma metade dos seus homens em porcos, após alimentá-los com vinho e queijo. Hermes, que havia alertado Odisseu a respeito de Circe, dá a ele uma droga chamada móli, que o fazia resistente à magia de Circe. Esta, atraída por esta resistência, apaixonou-se por ele e libertou seus homens a seu pedido. Odisseu e sua tripulação permaneceram na ilha por um ano, durante o qual festejaram, beberam e realizaram banquetes incessantes. Finalmente, os homens de Odisseu o convencem que é hora de partir para Ítaca; guiado pelas instruções de Circe, cruzam o oceano a atingem um porto na beira ocidental do mundo, onde Odisseu sacrifica aos mortos e invoca o espírito do velho profeta Tirésias para aconselhá-lo. Em seguida Odisseu encontra o espírito de sua própria mãe, que havia morrido de desgosto durante sua longa ausência; dela, descobre pela primeira vez notícias de sua própria casa e família, ameaçada pela cobiça dos pretendentes. Lá encontra também os espíritos de mulheres e homens famosos, entre eles Agamenon, que lhe informa sobre seu assassinato e lhe alerta sobre os perigos das mulheres. Ao retornar à ilha de Circe, são aconselhados por ela sobre as etapas restantes de sua jornada. Após costearem a terra das sereias, passam por entre Cila, um monstro de muitas cabeças, e o redemoinho Caribde, e chegam à ilha de Trinácia. Lá, os homens de Odisseu ignoram os avisos de Tirésias e Circe, e abatem o gado sagrado do deus sol, Hélio; este sacrilégio lhes traz como punição um naufrágio, onde todos morrem afogados, com a exceção de Odisseu, que consegue chegar à ilha de Calipso, ninfa que o força a se tornar seu amante por sete anos, até que ele consegue escapar.

Depois de ouvir com grande atenção a história, os feácios, marinheiros experientes, concordam em ajudar Odisseu a voltar para casa. Deixam-no à noite, enquanto está em sono pesado, num porto escondido em Ítaca. Lá ele consegue chegar à casa de um de seus antigos escravos, o pastor de porcos Eumeu. Odisseu se disfarça como um mendigo vagante, para descobrir como estão as coisas em sua residência. Após jantar, conta aos trabalhadores da fazenda uma história fictícia sobre si; afirma ter nascido em Creta, e ter liderado um grupo de cretenses que lutaram ao lado dos gregos na Guerra de Troia, e que havia passado sete anos na corte do rei do Egito, e depois naufragado na Tesprócia, de onde teria vindo a Ítaca.

Enquanto isso, Telêmaco navega para casa, vindo de Esparta, fugindo de uma emboscada preparada pelos pretendentes. Desembarca na costa de Ítaca e se dirige à casa de Eumeu; lá, pai e filho se encontram, e Odisseu se identifica para o filho (embora ainda não para Eumeu), e decidem que os pretendentes devem ser mortos. Telêmaco chega à sua casa primeiro; acompanhado por Eumeu, Odisseu retorna ao seu lar, ainda fingindo ser um mendigo, e presencia as arruaças dos pretendentes. Encontra-se com Penélope, e testa suas intenções com uma história inventada sobre seu nascimento em Creta onde, segundo ele, teria se encontrado com Odisseu. Ao ser interrogado, acrescenta que também havia estado recentemente em Tesprócia, onde fora informado sobre as viagens recentes de Odisseu.

Sua identidade é descoberta pela caseira, Euricleia, quando ela lava seus pés e descobre uma antiga cicatriz que Odisseu tinha, fruto de uma caçada a javalis; ele a faz jurar segredo. No dia seguinte, instigada por Atena, Penélope convence os pretendentes a competir por sua mão, numa competição de arco-e-flecha, utilizando o arco de Odisseu - que participa da competição, ainda disfarçado, e, após ser o único com força suficiente para dobrar o arco, a vence. Odisseu passa então a disparar flechas contra os pretendentes; com a ajuda de Atena, Telêmaco, Eumeu e Filoteu, um pastor, todos são mortos; Odisseu ainda executa, juntamente com Telêmaco, doze das criadas da casa que haviam feito sexo com os pretendentes,e, após mutilá-las também executam o pastor de cabras Melâncio, que havia caçoado de Odisseu e o maltratado. Odisseu então finalmente se identifica para Penélope, que, hesitante, o aceita após ele descrevê-la a cama que teria construído para ela após se casarem.

No dia seguinte Odisseu e Telêmaco visitam a fazenda de seu velho pai, Laerte, que também só aceita sua identidade após ver Odisseu descrever corretamente o pomar que Laerte lhe dera certa vez. Os cidadãos de Ítaca, no entanto, seguem Odisseu e Telêmaco ao longo da estrada, planejando vingar as mortes dos pretendentes, seus filhos. O líder do grupo afirma que Odisseu havia causado a morte de duas gerações de homens de Ítaca - seus marinheiros, nenhum dos quais havia sobrevivido à jornada de volta, e os pretendentes, que ele havia agora executado. A deusa Atena intervem pessoalmente, e convence ambos os lados a abandonar a vingança. Ítaca finalmente está em paz novamente, e a Odisseia é concluída.
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O traço heroico de Odisseu está em sua mētis, ("esperteza"), tanto que várias vezes é descrito como "Par de Zeus em Conselhos". Sua argúcia se manifesta no uso de sorrelfas, blefes e discursos enganosos. Os ardis podem ser tanto físicos (alterando sua aparência) como verbais, como fez ao contar para o ciclope Polifemo que seu nome era Oútis, "Ninguém", e fugir após cegá-lo; quando os outros ciclopes perguntaram a Polifemo o motivo de seus gritos, ele responde que "Ninguém" lhe está machucando, e os outros assumem que "Se sozinho como você está [Polifemo] ninguém usa violência sobre si, ora, não há como escapar do mal enviado pelo grande Zeus; então melhor rezar a seu pai, o senhor Poseidon". A falha de caráter mais evidente em Odisseu é sua soberba, ou húbris. À medida que navega para longe da ilha dos ciclopes, Odisseu grita seu próprio nome, bravateando que ninguém pode derrotar o "Grande Odisseu". Os ciclopes então jogam metade de uma montanha sobre seu barco, e rezam para seu pai, Poseidon, dizendo que um de seus filhos foi cegado; irado, o deus dos mares o impede de voltar para casa por muitos anos.

Personagens:

Odisseu (conhecido também pela forma latina, Ulisses), herói da guerra de Troia e que quer voltar para junto dos seus familiares;
Penélope, esposa de Odisseu, prima de Helena de Troia;
Telémaco, filho de Odisseu e Penélope;
Laerte, rei de Ítaca e pai de Odisseu, de onde vem o epíteto "Laércio", o mais usado para se referir a seu filho ao longo da obra;
Eumeu, porqueiro;
Euricleia, fâmula de Odisseu;
Antinoo, um dos pretendentes e o mais malino;
Eurimaco, um dos pretendentes, imitador de Antinoo.
Alcínoo, rei dos feácios;
Areta de Cirene, esposa de Alcínoo;
Nausícaa, princesa dos Feácios;
Laodamante, irmão de Nausícaa, desafiador de Odisseu nos jogos;
Hálio, idem;
Clitóneo, idem;
Equeneu, velho herói;
Demódoco, aedo, contador lírico de histórias;
Anfíloo, atleta;
Euríalo, atleta, desafiador de Odisseu nos jogos.
Zeus, rei dos deuses;
Atena, deusa da sabedoria e estratégia (a favor de Odisseu);
Circe, a feiticeira, filha do deus Hélio com a mortal Persa (a favor de Odisseu);
Poseidon, deus dos mares, antagonista principal e maior inimigo de Odisseu;
Éolo, deus dos ventos, anfitrião de Odisseu e seus amigos em sua ilha; 
Hermes, mensageiro dos deuses;
Hélio, o deus do sol, de quem os companheiros de Odisseu mataram o gado;
Calipso ninfa, filha de Atlante, apaixonada por Odisseu;
Leucothea, deidade marinha que salva Odisseu de um naufrágio.
Cila, monstro com doze pernas e seis cabeças, cada uma com três fileiras de dentes, habitava o interior de uma gruta cavada no rochedo;
Ciclopes, (literalmente "Olho redondo", "Olhicircular") em particular Polifemo (lit. "que fala muito", "Multifalaz"), filho de Poseidon e da ninfa Toosa. Gigante de umolho só, dedicado ao pastoreio e que vive em estado selvagem;
Caríbdis, monstro das profundezas marinhas que três vezes ao dia sorvia e vomitava a água do mar . Sua morada ficava a curta distância de Cila;
Hárpias, em Homero, dois monstros com corpo metade mulher e metade pássaro, habitantes de uma ilha na qual há bonança. Com seus cantos, encantam os homens que passem perto, devorando-os depois;
Lotófagos ("Comedores de Lótus"), povo fantástico que vive próximo as regiões da Líbia na África e se alimentam de flores de lótus, a qual provoca certo esquecimento.
Lestrigões gigantes antropófagos e arremessadores de rochas 

Os eventos na sequência principal da Odisseia (excluindo-se a narrativa de Odisseu) se dão no Peloponeso e naquelas que são atualmente chamadas de ilhas Jônicas.

Existem controvérsias quanto à real identificação de Ítaca, terra natal de Odisseu, que pode ou não ser a mesma ilha que é atualmente chamada pelos gregos de Ithake. As viagens de Odisseu narradas aos feácios, e a localização da própria ilha destes, Esquéria, apresentam problemas geográficos ainda mais fundamentais aos estudiosos: tanto acadêmicos antigos quanto modernos dividem-se quanto à existência ou não dos lugares visitados por Odisseu depois de Ismaros e antes de seu retorno à Ítaca.

Traduções

No Brasil há algumas traduções feitas a partir do original grego, a maioria delas poéticas .

A primeira é de Manuel Odorico Mendes, feita no século XIX, mas publicada somente em 1928, postumamente, em que, seguindo a tradição épica em português, emprega o verso decassílabo, porém branco. A tradução é marcada pela extrema concisão - com total de versos sendo menor que o do texto original -, estruturas sintáticas incomuns, decorrentes muitas vezes dessa concisão, preciosismo lexical, neologismos e latinismos - sobretudo para traduzir os epítetos gregos, como em "Aurora dedirrósea" [Aurora de dedos róseos]. Outra característica (na verdade, comum até sua época) é a substituição dos nomes gregos pelos correspondentes latinos: Zeus, por Júpiter, Poseídon por Netuno, Atena por Minerva, Odisseu por Ulisses, etc.

Sua tradução foi reeditada pelas editoras da USP e Ars Poetica, na coleção "Texto e Arte", com organização, notas suplementares e prefácio de Antonio Medina Rodrigues

A segunda tradução, da década de 40 século XX (a primeira edição com data incerta, mas publicada muito provavelmente em 1941), é de Carlos Alberto Nunes, cujo principal critério foi a tentativa de transpor o a métrica original do poema (hexâmetro dactílico) para o português, resultando num verso de dezesseis sílabas poéticas, cujo ritmo é a sequência de seis grupos (chamados "pés") de sílabas, sendo cada um composto por uma sílaba tônica seguida de duas átonas (o sexto grupo, em geral, com uma tônica seguida de apenas uma átona), no seguinte esquema: ó o o | ó o o | ó o o | ó o o | ó o o | ó o (o); ou seja, com acentuação na 1ª, 4ª, 7ª, 10ª, 13ª e 16ª sílabas. Para correta leitura do hexâmetro vernaculizado de Nunes, entretanto, é necessário atentar ainda para a cesura, normalmente ocorrendo uma vez, no meio do verso (terceiro pé), ou, menos frequentemente, duas vezes no mesmo verso.

A tradução de Nunes foi publicada originalmente pela editora Atena. O texto foi posteriormente revisado pelo próprio tradutor e republicado diversas vezes por outras editoras. Entretanto, desde que passou a ser editada pela Ediouro, o texto publicado foi o revisado por Marcus Reis Pinheiros, cuja intervenção por vezes deturpa a métrica empregada pelo tradutor. A edição mais recente foi publicada pela editora Nova Fronteira, com o texto revisado por Pinheiros.

Em 2011, Trajano Vieira, seguindo os passos de Haroldo de Campos, publicou sua tradução (ou transcriação) da Odisseia, tendo como critério resgatar a sonoridade do poema grego e sua complexidade poética e lexical. Em sua tradução, vencedora do Prêmio Jabuti, emprega o verso dodecassílabo.

Mais recentemente, a Cosac & Naify publicou, em 2014, a tradução de Christian Werner, que adotou o verso livre e cuja característica, segundo o próprio tradutor, foi conferir à tradução "clareza, fluência e poeticidade". O tradutor se preocupou em reproduzir o traço da oralidade do poema, mantendo a repetição de diversas fórmulas e estruturas na tradução.

Há também a tradução de Donaldo Schüler, editada pela L&PM em três volumes, de 2007. Não sendo propriamente poética (apesar de dispor o texto em versos), é marcada pelo extremo coloquialismo.
Eis seu proêmio:

Em Portugal, foi publicada pela editora Cotovia, em 2003, a tradução feita por Frederico Lourenço, que objetiva uma maior literalidade, clareza e fluência e, para tal, empregou versos livres. Sua tradução recebeu o prêmio D. Diniz pela Fundação Casa de Mateus e o grande prêmio de tradução do PEN Clube Português e da Associação Portuguesa de Tradutores. Foi publicada no Brasil, em 2011, pela editora Penguin-Companhia (na coleção Clássicos Penguin).

Odisseia no Perseus Project (em grego clássico). 
O site, além de conter diversas traduções paralelas para o inglês, permite que o usuário confira a tradução de palavra por palavra, apenas clicando sobre elas.

Fonte:

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Felipe Cattapan (3a. edição do Livro "Densidades Cíclicas)


A terceira edição do meu livro "Densidades Cíclicas" será lançada pela editora Helvetia na Suiça em:

Salon International du Livre et de la Presse de Genève
Palexpo
Route François-Peyrot 30
CH-1218 Le Grand-Saconnex
Stand C 351

Data: 4/5/2019

Horário: das 15 às 16 horas

Seria uma grande honra e um enorme prazer, para mim, contar com a sua presença.

O livro está sendo recomendado por Adriana Lisboa (escritora), Stefan Kunzmann (jornalista, redator-chefe da revista "Revue" em Luxemburgo), Teresa Ribeiro (jornalista, escritora e doutora em Literatura Brasileira) e Ricardo Prado (escritor e regente).

O livro contém muitos textos inéditos e alguns premiados em vários concursos literários (incluindo primeiros lugares). No entanto, não é uma mera coletânea de poemas ou contos: trata-se de uma obra que pretende desenvolver uma linguagem extremamente pessoal num estilo que dialoga entre a poesia e a prosa. A primeira parte contém poemas, a segunda contos – porém há uma correlação entre os textos de uma parte com a outra e uma ordem minuciosamente planejada para todo o livro. Ou seja: em última análise, os textos podem ser lidos como "capítulos" de um grande romance (ou trechos de uma mesma sinfonia).

A obra busca revelar como diversos aspectos musicais podem assumir uma função literária, servindo inclusive para definir a forma de cada texto e do livro como um todo. Para tanto, se serve das mais diversas técnicas (incluindo algumas de vanguarda) – mas sempre tomando o cuidado se aproximar do leitor comum.

A nível de conteúdo, a obra nos oferece diversas variações sobre um mesmo tema: a densidade do próprio ato da leitura/escrita como uma forma de se refletir sobre as nossas questões existenciais mais essenciais (e sempre atuais).

O que foi escrito acima é descrito de uma forma mais poética e sutil no prefácio do livro (e de uma maneira mais indireta em alguns dos seus textos). Comentários sobre o livro podem ser encontrados em:  https://www.helvetia-edicoes.com.br/blog

Capa do artista plástico Beat Zoderer e apresentação de Ricardo Prado.

Atenciosamente,
 
Felipe Cattapan
Escritor e regente
Reithystrasse 49
CH-8810 Horgen
Tel. + 41 43 3880010
felipe.cattapan@gmail.com
www.cattapan.ch

P.S.: caso se interessem pelos meus próximos workshops sobre música, as respectivas informações podem ser encontradas em http://www.cattapan.ch/es/pr-ximos-cursos/

Fonte:
O Escritor

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Leandro Bertoldo Silva (O Menino que Aprendeu a Imaginar)



O livro O menino que Aprendeu a Imaginar já está com data de lançamento confirmada para o dia 30 de abril de 2019, em Padre Paraíso/MG, às 19 horas.
  
O livro O MENINO QUE APRENDEU A IMAGINAR traz a reflexão da fantasia e do lúdico na vida das crianças, a importância de enxergar o mundo através das histórias e de se interagir com o outro através da arte e das simplicidades.

O livro tem o propósito de resgatar o poder criativo da criança, fazer o adulto revisitar suas lembranças e memórias dos tempos em que um simples barquinho de papel era motivo de muitas aventuras num dia de chuva… E o que dizer daquela professora que foi tão importante e faz com que queiramos ser importantes para alguém? E as histórias contadas ao redor da fogueira ou do fogão de lenha… Quem nunca se imaginou viajando pelos lugares e vivendo aventuras?

O MENINO QUE APRENDEU A IMAGINAR sou eu, é você, são nossos filhos e filhas, nossos netos e netas, nossos alunos, nossos pais, nossos avós que, por algum motivo, precisamos todos reaprender a reconectar com nossa criança, nosso Ser e nossa essência.

E então, vamos acordar os sonhos, pois um dia nunca é igual ao outro para quem tem um livro nas mãos…

SINOPSE

Chateado por não ter nada de diferente para fazer, Oswaldo fica dentro do seu quarto cheio de lamentações quando um grande livro de histórias que fica bem no alto da estante cai “sozinho” no chão. O susto, já enorme, aumenta ainda mais quando o menino percebe que não foi um acidente, mas obra do seu brinquedo predileto: um lindo palhacinho de roupas coloridas e chapéu de guizos.

Gesticulando e dando mil cambalhotas, o palhacinho conduz Oswaldo a mundos que ele não conhecia, como a casa de um caçador onde entra, disfarçado de menino, o temível bicho Mapinguari; Vê a chuva cair lá fora levando nas enxurradas um barco de papel e, dentro dele, uma criança cheia de imaginação; E o que dizer de uma professora bem diferente ao apresentar à turma o seu amigo Geógrafo, um Atlas falante?

Repleto de surpresas, a história reserva ainda uma muito maior no final que, certamente, fará meninos, meninas e até adultos terem outros olhos para a leitura e para os livros.

A história base desse trabalho foi publicada na revista AMAE Educando, em 2009, em Belo Horizonte, teve uma montagem de teatro e ganha agora em livro publicado pela Alforria Literária uma nova estrutura e conceito, inclusive nas ilustrações feitas por Adilson Amaral – psicólogo e artista do Vale do Jequitinhonha – trazendo uma proposta que dialoga com a importância da imaginação a partir da leitura e das imagens não sugestionadas para que o leitor crie a sua própria realidade.

Um livro escrito com um grande carinho, não apenas por ser o primeiro infanto-juvenil do autor, mas por se basear em sua própria história de vida e no que acredita.

Fonte:
https://arvoredasletras.com.br/

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Érico Veríssimo (Sinopse: As Aventuras de Tibicuera)

As Aventuras de Tibicuera, romance infanto-juvenil de Erico Verissimo traz, de maneira leve e agradável, a história do Brasil para as crianças. Assim como fez em “O Tempo e o Vento”, Erico Verissimo baseou-se no que de melhor existia em pesquisa histórica, arqueológica e antropológica em sua época. Publicado pela primeira vez em 1937, o romance não envelheceu e ainda hoje é um bom lazer e uma forma agradável de estudar.

As aventuras de Tibicuera, contadas por ele próprio. O próprio protagonista, Tibicuera, um índio tupinambá da Bahia, nascido anos antes da chegada dos portugueses ao litoral brasileiro, narra sua fabulosa viagem através do tempo, que começou numa taba tupinambá, antes de 1500, e terminou num arranha-céu de Copacabana em 1942. Assim Erico Verissimo apresenta sua versão da história nacional, publicada em 1937 com o objetivo de fazer frente ao nacionalismo ufanista do Estado Novo. Logo no início, o herói recebe dois presentes do pajé de sua tribo: o apelido Tibicuera, que significa "cemitério" em sua língua, e o segredo da eterna mocidade.

Participa de episódios marcantes da história do Brasil, O índio está no litoral da Bahia quando Cabral aporta, em 1500. Participa da luta contra os franceses e os holandeses no Rio de Janeiro e em Pernambuco, e da defesa do Quilombo dos Palmares. As expedições dos bandeirantes ao interior do continente, as missões catequizadoras dos jesuítas, a escravidão, a chegada da família Imperial, a proclamação da Independência, a Guerra do Paraguai, a proclamação da república e seus sucessivos governos são contados de maneira sedutora às crianças. Talvez seu principal atrativo seja a empatia que gera em seu público alvo, já que há uma identificação com seu protagonista, o qual os pequenos leitores acompanham desde o dia de seu nascimento. Erico Verissimo, conhecido por sua maestria no trado com as palavras, não descuidou de detalhes enriquecedores da cativante narrativa, que emocionam e deixam, ao final de cada capítulo, a vontade de continuar até o fim.

Trata-se de uma mistura de fato e ficção que ensina, além de divertir, ao possibilitar que a história se desenrole - conforme diz Tibicuera - como "um romance de aventuras que se passa na Terra e tem como personagem principal a Humanidade.


ATENÇÃO
O livro será postado a partir de amanhã, são 67 capítulos em 17 dias.












Fontes:
http://resumos.netsaber.com.br/resumo-4063/as-aventuras-de-tibuicuera
https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12049

sábado, 30 de dezembro de 2017

Joann Sfar (O Gato do Rabino)

Passada na Argélia dos anos 1920, O Gato do Rabino é uma animação franco-austríaca dirigida por Joann Sfar e Antoine Delesvaux, baseada em três volumes da série de Sfar que levam o mesmo nome do filme.

Tudo começa com a história do gato do rabino, que após engolir o papagaio da família, aprende a falar e manifesta seu desejo de se aprofundar na religião judaica. Apaixonado por Zlabya, a bela filha do rabino, o felino de língua afiada insiste e briga com a sinagoga por seu bar-mitzva (cerimônia de passagem à vida adulta, que os garotos judeus têm aos 13 anos). Mas suas intenções são verdadeiramente amorosas.

Além disso, o felino está apaixonado por Zlabya, filha de seu dono, mas desde que adquiriu a fala não tem permissão para passar seus dias junto dela, como fazia antes de se tornar um gato falante. É que o rabino teme que o animal, agora que se põe a verbalizar, possa conduzir sua filha a caminhos nada virtuosos.

Como nunca houve outro gato a ter um Bar-Mitzvah, o rabino decide consultar um outro rabino para saber o que fazer, mas este se opõe à ideia. Então se inicia uma ardilosa e bem-humorada discussão na qual o gato argumenta que, como animal falante, deve ser regido pelas mesmas leis divinas que os homens.

O desafio do bichano, dono de um humor mordaz, será convencer seu mestre e o rabino de seu mestre de que as leis de Deus para os homens devem ser as mesmas para um animal falante.

Esperto e irônico, o gato vai pouco a pouco, contestando com argumentos filosóficos muitas das tradições judaicas até a irritação de seu amo chegar ao limite, o que não abala a amizade dos dois personagens, muito ligados um ao outro.

O francês de origem judaica Joann Sfar coloca falas poéticas e astutas na boca do gato, que de maneira um tanto filosófica discute o judaísmo e contesta muitos de seus preceitos.

Texto inteligente e com humor irônico, e sem jamais menosprezar a cultura judaica (aliás, é bem o contrário), o gato e seu dono, o rabino, têm seus laços lindamente fortalecidos a partir dessas conversas e questionamentos.

Com a troca de ideias e esclarecimentos, e uma observação mais apurada, o gato acaba por perceber o erro de julgar alguém antecipadamente, e começa a entender o exercício da tolerância.

Fontes:

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Affonso Romano de Sant'Anna (Lançamento de “Que presente te dar?”)



LIVRO TRAZ SÉRIE DE CRÔNICAS PUBLICADAS AO LONGO DA VIDA DO JORNALISTA, ENSAÍSTA E POETA.

Chega às livrarias, pela editora LeYa, o livro de crônicas de Affonso Romano de Sant’Anna, Que presente te dar? – Crônicas de amor e outros afetos. A obra reúne crônicas publicadas em jornais desde a década de 1980, quando foi contratado pelo Jornal do Brasil (1984) para substituir Carlos Drummond de Andrade, até o período de 1990, quando passou a fazer parte da presidência da Fundação Biblioteca Nacional (1990-1996) e foi considerado pela revista Imprensa um dos 10 jornalistas que mais influenciavam a opinião pública no país.

Considerado um dos mais destacados poetas e ensaístas brasileiros, Affonso Romano de Sant’Anna já publicou mais de 50 livros, lecionou literatura no Brasil e no exterior e já foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional, onde reformou e informatizou a instituição, criando programas novos e fazendo com que BN fosse considerada a melhor instituição federal do Rio de Janeiro.

“Há uma serenidade nos seus gestos, longe dos desperdícios da adolescência,quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente. A adolescente não sabe ainda os limites do seu corpo e vai florescendo estabanada. É como um nadador principiante, faz muito barulho, joga muita água para os lados. Enfim, desborda. A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe.”

Falando sobre a mulher já madura, os trinta anos, a paternidade, os amantes, o envelhecer, a inveja, o amor, entre outros, o livro Que presente te dar? tem como maior foco a vida. Tudo um pouco, observado do camarote, pelo escritor que tem a mente inquieta e precisa mostrar ao leitor os detalhes despercebidos, a vida como ela é.

Partindo de pormenores que vão do mundo abstrato ao concreto, Affonso Romano vai mostrando, com sábias palavras, o que é e o que passa por nossa vivência; contextualizando e intercalando com outros tantos textos que completam as observações e nos garantem emoções do começo ao fim.

Com crônicas como, “Fazer 30 anos", "A mulher madura", "Na espera do amanhã", “Quando os amantes dormem” e “O homem que conheceu o amor”, entre outras, “Que
presente te dar” é um livro memorável.

“Envelhecer deveria ser como plainar. Como quem não sofre mais (tanto) com os inevitáveis atritos. Assim como a nave que sai do desgaste da atmosfera e vai entrando noutro astral, e vai silente, e vai gastando nenhum-quase combustível, flutuando como uma caravela no mar ou uma cápsula no cosmos.”

Ficha Técnica
Título: Que presente te dar
Autor: Affonso Romano de Sant’Anna
Formato: 14 x 21 cm
Nº de páginas: 173
Preço: R$ 29,90

Sobre o autor
Affonso Romano de Sant'Anna é um dos mais destacados poetas e ensaístas brasileiros. Com mais de 50 livros publicados, já lecionou literatura no Brasil e no exterior e foi considerado pela revista Imprensa, nos anos 1990, um dos 10 jornalistas que mais influenciam a opinião pública no país. Como Presidente da Fundação Biblioteca Nacional (1990-1996), reformou e informatizou a instituição, criou programas novos e a BN foi considerada a  instituição federal que melhor funcionava no Rio de Janeiro.
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Mais informações:
Andrea Jocys / Tatiany Leite
Imprensa

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Andrey do Amaral – agente literário de Affonso Romano de Sant’Anna
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A LeYa é o grupo editorial que integra algumas das mais prestigiadas editoras portuguesas.
Está presente em quase todos os países de língua portuguesa. No Brasil, o grupo LeYa atua em edições escolares e no mercado de interesse geral, por meio dos selos LeYa e Lua de papel e as parcerias com Casa da Palavra e Fantasy. www.leya.com.br